Estou muito feliz por recomeçar uma nova coluna especialmente dedicada à saúde mental! E, claro, convido você leitor a embarcar comigo nesta jornada juntos, compartilhando insights, histórias e recursos para nutrir uma mente mais equilibrada e resiliente. Porque cuidar da nossa saúde mental é essencial para viver uma vida plena e significativa.

Para os que não me conhecem, sou psicoterapeuta formada pela PUCCamp e atendo clínica há 29 anos, tenho mestrado em Ciências da Saúde pela Famerp e a pandemia interrompeu meu doutoramento por essa mesma universidade. Mãe de uma jovem adulta (publicitária e talentosa artista), católica até onde meu temperamento permite, rio-pretense de nascimento e coração e apaixonada pela vertente Fenomenológica Existencial que, através de meus artigos, apresentarei melhor a vocês.

Eu disse essencial porque muitas vezes escuto as pessoas dizerem que “é bom fazer terapia”, dedicando talvez simpatia, mas colocando o exercício fundamental de conhecer e administrar emoções, ao campo dos hobbies, irrelevâncias, ou talvez luxo. O autoconhecimento e o fortalecimento e gerenciamento mental deveria ser uma prioridade máxima, pois é o que nos guia.

Neste espaço, vou tentar explorar os caminhos para uma mente mais saudável, entender os desafios que enfrentamos e tentarei apresentar, com base em minha experiência profissional, estratégias para promover o bem-estar emocional em nosso cotidiano. A saúde mental é tão vital quanto a saúde física, e é hora de dar a ela a atenção que merece.

Por tantos anos negligenciada, nossos caminhos emocionais foram postos à margem das grandes discussões científicas ou estigmatizada na sociedade. Ainda há uma enorme falta de entendimento e discussões abertas sobre questões relacionadas à saúde mental. Isso pode levar ao isolamento, à falta de acesso a recursos e ao sofrimento desnecessário.

E, convenhamos, existem milhas de distância entre tolerar e realmente acolher, ou entre a mera aceitação e a necessária compreensão, entre o comentar sem censurar e o abraço que realmente acalma e diz ao outro, “calma, porque você não está sozinho”. Aceitar não é o fim desta jornada, é só o primeiro bom passo para abrirmos janelas em nossa alma e ventilarmos nossas emoções com luz, sabedoria, inteligência e solidariedade, amor, compaixão. Os poetas sempre souberam, mas agora estamos todos mais do que precisados.

Aliás, caro leitor, se você ainda não se identifica com alguns dos grandes temas e diagnósticos de adoecimento mental, leia-se ansiedade elevada, depressão, burnout, bipolaridade, TOC ou um intenso vazio existencial, talvez você não esteja vivendo 2024 direito.

Brincadeiras à parte, a saúde mental é um componente essencial do nosso bem-estar global, afetando todos os aspectos das nossas vidas, desde as relações pessoais até o desempenho profissional. Envolve a nossa capacidade de lidar com o estresse, manter relacionamentos saudáveis ​​e tomar decisões significativas.

Cada pessoa é única e seus processos internos são igualmente individuais, complexas, íntimos.

Para promover a saúde mental é importante desenvolvermos ambientes que apoiam o bem-estar emocional. Isso inclui a promoção de uma cultura de abertura e compreensão, onde as pessoas se sintam seguras para falar sobre seus desafios mentais sem medo de julgamento. Envolve também práticas pessoais de autocuidado, como exercício regular, sono adequado, alimentação saudável, meditação e busca de atividades que nos tragam alegria e significado.

Esse é o meu convite, estarei aqui quinzenalmente discutindo temas de relevância e contribuindo para estarmos na vanguarda desse movimento de abertura, de conhecimento e autoconhecimento, de solidariedade e de humanização e espero que você saiba que o seu apoio, seu comentário, sua participação, seja em like ou em compartilhar suas experiências pessoais, ou ideias, interessa a mim e pode ajudar a muitos.