Tamanho da fonte

O que você precisa saber sobre a intolerância à lactose

SaúdeO que você precisa saber sobre a intolerância à lactose
As três formas de intolerância à lactose – congênita, primária e secundária – são condições que causam uma série de desconfortos digestivos após o consumo de leite e derivados pela dificuldade do organismo em digerir a lactose, o açúcar do leite

Sobre o autor

A intolerância à lactose é uma condição que provoca náusea, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconfortos intestinais após o consumo de leite ou derivados. Diferente da alergia ao leite ou a produtos lácteos, a intolerância à lactose pode se apresentar em três formas: congênita, primaria e secundária. O diagnóstico é feito por exames específicos e o tratamento inclui dietas específicas, suplementação de lactase e controle de doenças associadas.

O coloproctologista e professor doutor João Gomes Netinho explica que a intolerância à lactose é uma síndrome causada pela diminuição ou falta de lactase no organismo, “enzima responsável pela digestão e absorção da lactose, um açúcar presente no leite e derivados, como iogurte, manteiga, sorvete e queijos”. Ele explica haver diferentes causas para o problema. “De acordo com a idade e algumas situações de saúde, a intolerância à lactose é classificada em congênita, primária ou secundária”.

A congênita, segundo João Gomes, é um tipo muito raro de intolerância e surge nos primeiros dias de vida após a ingestão da lactose presente no leite materno ou depois do bebê consumir outros tipos de leite e ter quadros de diarreia intensa, vômitos, desidratação, dificuldades para ganhar peso e presença de muco nas fezes. “Acontece quando o organismo do bebê não consegue produzir a enzima lactase por uma alteração genética, sendo uma situação grave e que, quando não identificada precocemente, pode levar a óbito”, alerta.

A segunda forma de intolerância é chamada de primária e é a mais recorrente. “Acontece devido a uma diminuição ou falta da enzima lactase no intestino por conta de um processo natural do organismo com o passar dos anos”, explica o coloproctologista.

Já a intolerância secundária é uma condição que pode ser temporária e pode surgir por conta de danos nas células do intestino responsáveis pela produção da enzima lactase, “como no caso de rotavírus, gastroenterite, medicamentos (antibióticos e quimioterapia), radioterapia, diarreia crônica, doença celíaca, e infecções intestinais bacterianas”, explica o médico.

Alimentos que devem ser evitados

A nutricionista funcional Analice Sbroggio explica que pacientes com intolerância à lactose se queixam de diversos desconfortos intestinais, gases excessivos, diarreias líquidas após consumo do leite e derivados, eructações, ânsia, vômito e até cefaleia e náuseas. “O uso excessivo de álcool, dietas ricas em alimentos industrializados, pobres em água, frutas e vegetais ou com excesso de lactose também podem contribuir. Pois todos esses hábitos trazem consequências silenciosas e evolutivas na redução da produção da enzima lactase”, afirma.

Analice orienta que tanto a primeira como a secundária, há possibilidade de melhoria da intolerância ou até reversão total dos sintomas. “Com o uso de protocolos nutricionais e suplementação específica, é possível restaurar a qualidade do ambiente intestinal por meio da modulação intestinal, uma técnica feita por nutricionistas especializados. Esse processo contribui para a melhora da saúde e da qualidade de vida”.

Como adaptar alimentação

A maneira mais eficaz de evitar desconfortos causados pela intolerância à lactose é adequar a alimentação, por meio de dietas específicas e substituições no cardápio, com o auxílio de um profissional, “Hoje em dia existem diversas alternativas de ingredientes e alimentos que não contêm lactose. Leites, iogurtes, queijos e requeijões vegetais, feitos a partir de substitutos como coco, castanhas e cereais”, afirma a nutricionista Esther Vitorazzi.

A nutricionista Renata Birchall acrescenta outras opções de bebidas vegetais, como as de “soja, amêndoa, aveia, coco, castanha de caju e arroz”. Agora, para quem não abre mão de leite ou lácteos, há também opções para intolerantes, como os queijos que passam por fermentação e maturação que eliminam quase toda a lactose. “Existem alguns tipos de queijo que podem ser consumidos sem prejudicar e evitar descontos, como os queijos com teor de lactose reduzido. Entre as opções estão o parmesão, queijos de pasta mole, cheddar maturado, queijo suíço e queijo azul”, orienta.

Alimentos mais prejudiciais:

Leite de vaca, queijos, manteiga, requeijão e demais derivados de leite

Preparações à base de leite (bolos, pudins, cremes, entre outros...)

Bolachas e biscoitos que possuem leite em sua composição

Alimentos alternativos:

Leites e derivados zero lactose

Queijos maturados contém um teor mínimo de lactose

Bebidas e derivados de vegetais (coco, arroz, soja, entre outros)

Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

Sem publicações!

Publicações somente aos domingos

Publicações

Não encontramos resultados para sua busca.

Revista digital