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CANDIDÍASE VAGINAL: UMA INFECÇÃO FÚNGICA QUE CAUSA IMENSO DESCONFORTO

SaúdeCANDIDÍASE VAGINAL: UMA INFECÇÃO FÚNGICA QUE CAUSA IMENSO DESCONFORTO
Considerada bastante comum em mulheres, condição está relacionada a diversos fatores como queda da imunidade, uso frequente de antibióticos, hábitos inadequados de higiene e cuidados com a região íntima

Sobre o autor

A candidíase vaginal é uma infecção fúngica muito comum na vida de um grande número de mulheres, principalmente em idade fértil, causada por uma proliferação anormal, geralmente do fungo Candida albicans, que vive naturalmente no organismo humano. A condição afeta a região da vulva (parte externa e visível do órgão genital) e da vagina (parte interna), provocando um imenso desconforto.

Os sintomas podem incluir coceira intensa, vermelhidão, inchaço, sensação de queimação ou ardência, dor ou desconforto durante a relação sexual e ao urinar, e corrimento espesso, branco, em grumos com aspecto de leite coalhado, normalmente inodoro.

O surgimento da candidíase está associado a diversos fatores, como queda da imunidade, uso frequente de antibióticos, hábitos inadequados de higiene e alimentação, alterações hormonais e estresse. Embora não seja considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), pode ser transmitida sexualmente. Quando os episódios ocorrem no mínimo quatro vezes no intervalo de um ano, são classificados como candidíase recorrente.

“A candidíase costuma apresentar seus primeiros sintomas na fase que antecede o período menstrual. Uma boa anamnese, associada ao exame físico com análise do fluxo vaginal e do aspecto da genitália, além da coleta de material para exames de microscopia, é fundamental para definir o diagnóstico”, explica a ginecologista Caroline Pereira Breseghello.

“As complicações mais comuns incluem lesões na região genital devido ao prurido, o que pode levar a fissuras e predispor a infecções urinárias, como a cistite. Além disso, a candidíase pode causar um desarranjo fúngico generalizado no organismo, que pode ser de difícil controle se persistir por um longo período”, destaca a ginecologista e obstetra Cristiane Navarro Pereira Colombo.

Opções de tratamento

Algumas mudanças no estilo de vida podem auxiliar na prevenção e tratamento da candidíase vaginal, assim como manter uma higiene íntima adequada. Segundo a ginecologista e obstetra Maria Paula Freyre Amar, fortalecer o sistema imunológico com uma alimentação equilibrada e reduzir o consumo excessivo de carboidratos são medidas recomendadas. Além disso, é importante evitar o uso de duchas vaginais, sabonetes íntimos perfumados e calças apertadas.

“Existem sabonetes íntimos com fórmulas específicas que ajudam a preservar o pH vaginal, mantendo o equilíbrio da flora vaginal e auxiliando na prevenção de infecções. O ideal é utilizar duas vezes ao dia, o que é suficiente para garantir uma boa higiene sem prejudicar o equilíbrio natural da área íntima. Manter a região íntima mais ventilada, optando por vestidos e saias, também contribui para uma melhor circulação de ar, especialmente para pacientes com maior predisposição à infecção”, destaca Maria Paula.

“A dieta rica em açúcares e carboidratos é um dos principais fatores que facilitam o aparecimento da candidíase. Portanto, ajustar a alimentação, adotar hábitos de sono adequados e de qualidade, praticar atividade física e manter o peso ideal são medidas que ajudam a controlar os primeiros episódios e prevenir a recorrência da candidíase. A higiene relacionada à depilação também é importante, pois o acúmulo de pelos pode aumentar a sudorese na região, elevando a temperatura e favorecendo a proliferação de fungos”, explica a ginecologista e obstetra Cristiane Navarro Pereira Colombo.

Prevenção inclui mudanças no estilo de vida

Algumas mudanças no estilo de vida podem auxiliar na prevenção e tratamento da candidíase vaginal, assim como manter uma higiene íntima adequada. Segundo a ginecologista e obstetra Maria Paula Freyre Amar, fortalecer o sistema imunológico com uma alimentação equilibrada e reduzir o consumo excessivo de carboidratos são medidas recomendadas. Além disso, é importante evitar o uso de duchas vaginais, sabonetes íntimos perfumados e calças apertadas.

“Existem sabonetes íntimos com fórmulas específicas que ajudam a preservar o pH vaginal, mantendo o equilíbrio da flora vaginal e auxiliando na prevenção de infecções. O ideal é utilizar duas vezes ao dia, o que é suficiente para garantir uma boa higiene sem prejudicar o equilíbrio natural da área íntima. Manter a região íntima mais ventilada, optando por vestidos e saias, também contribui para uma melhor circulação de ar, especialmente para pacientes com maior predisposição à infecção”, destaca Maria Paula.

“A dieta rica em açúcares e carboidratos é um dos principais fatores que facilitam o aparecimento da candidíase. Portanto, ajustar a alimentação, adotar hábitos de sono adequados e de qualidade, praticar atividade física e manter o peso ideal são medidas que ajudam a controlar os primeiros episódios e prevenir a recorrência da candidíase. A higiene relacionada à depilação também é importante, pois o acúmulo de pelos pode aumentar a sudorese na região, elevando a temperatura e favorecendo a proliferação de fungos”, explica a ginecologista e obstetra Cristiane Navarro Pereira Colombo.

Sintomas mais comuns

  • Coceira intensa

  • Vermelhidão

  • Inchaço

  • Sensação de queimação ou ardência

  • Dor ou desconforto durante a relação sexual e ao urinar

  • Corrimento branco em grumos com aspecto de leite coalhado e inodoro

Fatores de risco para candidíase vaginal:

  • Infecções virais

  • Uso de antibióticos

  • Alterações hormonais

  • Estresse

  • Gravidez

  • Sistema imunológico enfraquecido

  • Pré-diabetes e diabetes descontrolada

  • Doenças autoimunes

  • Hábitos inadequados de higiene

  • Duchas vaginais e sabonetes íntimos perfumados

  • Uso frequente de protetores diários e/ou lenços umedecidos

  • Uso de roupas íntimas sintéticas e apertadas

  • Uso de calças muito justas ou apertadas

  • Permanência com roupas molhadas

  • Consumo excessivo de carboidratos e açúcar

Fontes: Caroline Pereira Breseghello, Cristiane Navarro Pereira Colombo e Maria Paula Freyre Amar

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