Salada Tailandesa
Em 2019, lancei “Outras Culturas”/“ Other Cultures”, livro de fotos no qual mostro dez países, com legendas em português e inglês. Retiro de lá as palavras que usei para falar da Tailândia: espiritualizada, com muitos templos e muitos budistas, é também apimentada, mafiosa, linda e dourada; assim é a Tailândia, o antigo Sião.
País situado no centro da península da Indochina, no sudeste asiático, tem Bangkok como sua capital, desde 1972, e Reino da Tailândia como seu nome oficial. Cultuam o hábito da massagem, praticamente todos os dias. Sobreviveu ao devastador tsunami de 2004 e, cada vez mais, é desejada por pessoas do mundo todo. Aqui, muito do que brilha é ouro.
Desta vez, optei por fazer um prato que aprendi “in loco”, em uma escola de culinária em Bangkok. Fiquei encantada com as cores, texturas, aromas e sabores. Com fama de apimentados, os condimentos tailandeses têm muita personalidade e se equilibram com o arroz, que é naturalmente adocicado. Nos pratos principais, usam muito o açúcar de palma, extraído do coqueiro, vendido em bloco e escuro, bem parecido com a nossa rapadura. Esse contraste faz um simples prato, como uma salada, ser simplesmente incrível.
Restaurantes requintados fazem esculturas com frutas e legumes que são verdadeiras obras de arte. O tailandês tem a comida como uma função cultural; não apenas, biológica. O país é agrícola, o que facilita usar ingredientes de qualidade. Pude comparar a diferença entre uma tigelinha de comida no Vietnã e as fartas porções servidas na tigela, na Tailândia.
Por outro lado, percebi que alguns amigos que compunham o tour, tiveram dificuldade em aceitar o molho de peixe, o de ostras e o teor da picância. A pluralidade da culinária tailandesa deve-se às influências chinesa, indiana, malaia e muçulmana. O que retrata esta cena é o longevo Mercado Flutuante de Damnoen Suduak, de 1868, a 100km da capital. O comércio acontece nos barcos. Nem vou escrever sobre os nativos com cobra pendurada no pescoço, para não estragar a matéria.
Ingredientes para a salada
- vagem (equivalente a uma bandejinha)
- 1 cenoura
- 1 cebola branca
- 4 tomates
- 100g de macarrão de arroz (Bifum)
- 110g de amendoim sem casca
- 3 dentes de alho
- 3 pedaços de rapadura
- 2 colheres (chá) de pimenta tailandesa em pasta
- 2 colheres (sobremesa) de molho de peixe de tailandês
- 2 colheres de molho de ostra
- 400 ml de água
Como fazer a salada
Corte a vagem em quatro, cozinhe por pouco tempo no vapor, deixe-a quase crua. Dê o corte na cenoura e no pepino com um descascador, o que dará o formato de “macarrão”. Corte a cebola em tiras longas e finas (à julienne). Essa quantidade dá para cinco pessoas; se forem dez, dobre os ingredientes.
Em um socador, amasse o alho, a rapadura e a pimenta tailandesa, até ficarem uma pasta. Em uma frigideira wok, ponha um fio de óleo de gergelim, refogue os temperos e junte os molhos de ostra e de peixe. (eu os comprei pela internet). Acrescente os tomates cortados em quatro, sem sementes. Em uma saladeira, ponha todos os legumes, o macarrão de arroz preparado e o molho ainda quente. Na hora de servir, coloque o amendoim.
Como preparar o macarrão de arroz
Siga as instruções da embalagem: coloque-o por 2min na água fervendo, retire e ponha na água gelada. Tudo rápido, para não amolecer.
Ingredientes para o arroz
- arroz asiático
- leite de coco
- água
Como preparar o arroz
Deixe o arroz de molho no leite de coco por 3h15min. (Eu misturei um pouco de água de coco natural). No vapor, cozinhe o arroz por 30 minutos. O sal no arroz é opcional. Esse arroz é mais para adocicado do que para salgado. Decore com cubos de manga.
Harmonização
Se você optar por vinho branco, sugiro a uva Riesling. Se preferir tinto, um Pinot Noir será uma boa escolha. Quando degustei este mesmo prato na Tailândia, foi servida a popular cerveja Chang, a que tem rótulo verde e dois elefantes no seu logotipo.
Slaviti Locações é a fornecedora das peças desta produção fotográfica. Esta Coluna de Gastronomia é publicada na Revista Bem-Estar e veiculada no último domingo de cada mês.