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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL: MUITO ALÉM DA TECNOLOGIA

Coluna | MentoriaTRANSFORMAÇÃO DIGITAL: MUITO ALÉM DA TECNOLOGIA

No cenário empresarial atual, muito se fala sobre transformação digital. Entretanto, é crucial entender que este processo vai muito além da mera adoção de novas tecnologias. O especialista Paulo Kendzerski, que lidera o Instituto da Transformação Digital, enfatiza: “É mais sobre transformação dos negócios do que transformação digital”. Você tem refletido sobre a transformação do seu negócio como um todo frente a todas as mudanças tecnológicas pelas quais temos passado? Esse artigo nos convida a ter um olhar muito além da tecnologia para o processo de transformação digital.

Quando pensamos em uma transformação digital verdadeira no sentido da transformação do negócio, ela abrange três elementos principais:

1) Transformação da Experiência do Consumidor, que envolve entender profundamente o nosso cliente e definir novos pontos de contato com ele;

2) Transformação dos Processos Operacionais, que inclui mapear todos os processos, capacitar seus colaboradores e gerenciar a performance do negócio e

3) Transformação dos Modelos de Negócios, que abrange a criação de novos modelos de negócios e formas inovadoras de medir resultados.

Veja que nos três principais elementos de transformação acima, a tecnologia não é necessariamente o foco. Apenas depois de conseguirmos lidar com essas três transformações que podemos desenvolver ou adotar uma tecnologia que de fato contribua para a transformação digital do negócio em si. É importante ressaltar que o aspecto fundamental para uma transformação digital eficiente nessa linha é a transformação da própria cultura da empresa.

Isso significa abandonar estruturas verticalizadas onde cada departamento se preocupa apenas com seus próprios problemas. Em vez disso, é necessário adotar uma abordagem holística, onde todos trabalham para resolver os problemas do negócio como um todo, sempre sob a perspectiva do cliente, como uma única equipe integrada. O comando e controle dão lugar à autonomia e orientação aos resultados e, por isso, que a clareza de processos integrados é tão importante, inclusive.

Um exemplo prático dessa mudança de paradigma que o Paulo nos apresentou no bate-papo é o olhar sobre a concorrência atual. Hoje, “todo mundo virou concorrente de todo mundo”. O principal concorrente do McDonald's, por exemplo, não é mais outra rede de fast food, mas sim o iFood, uma plataforma de entrega de alimentos.

Por fim, é essencial lembrar que os clientes não buscam produtos, mas soluções para seus problemas. A tecnologia, embora importante, é apenas um meio para atingir esse fim. O verdadeiro diferencial está na forma como as empresas aplicam a tecnologia para criar valor para seus clientes. Tenho defendido bastante a visão de, como gestores, olharmos a cultura do negócio como nosso maior diferencial competitivo justamente porque a tecnologia em si, na maioria dos casos, é até uma commodity em que todos os negócios que concorrem com o seu podem ter acesso mediante assinaturas de soluções.

Mas a capacidade de entender melhor o cliente e como ele quer resolver o problema dele é um aspecto importante de uma cultura orientada ao cliente pouco verticalizada para maior agilidade na inovação em processos. Com um propósito claro para o negócio, o alinhamento dos pilares da cultura inovadora humanizada contribuem muito para um processo de transformação digital mais eficiente, pois a transformação digital é um processo holístico que começa com as pessoas e a cultura, não com a tecnologia. As empresas que entenderem e abraçarem essa realidade estará melhor posicionadas para prosperar na era digital.

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