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AUTISMO E VOLTA ÀS AULAS

COLUNA | EDUCAÇÃOAUTISMO E VOLTA ÀS AULAS
Algumas atitudes dos pais ou responsáveis podem auxiliar o retorno dos alunos neuroatípicos

O mês de julho está terminando e com ele as férias escolares. Quando pensamos em crianças e jovens neurotípicos, normalmente não há grandes dificuldades em voltar à escola ou em adaptar-se a uma nova escola, mas quando pensamos em alunos com autismo, essa realidade pode ser bem diferente.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que compromete a comunicação, a socialização e o comportamento. Em cada indivíduo o nível de comprometimento, a necessidade de apoio e as comorbidades podem ser bem diferentes. São bastante comuns a rigidez cognitiva, o apego às rotinas e a dificuldade de lidar com imprevistos e com o desconhecido. Por isso, famílias atípicas ficam preocupadas com situações que exijam mudanças. A volta às aulas é uma dessas preocupações.

Com o objetivo de auxiliar famílias e principalmente estudantes com autismo vão aqui algumas sugestões:

• Dias antes do 1º dia de aulas defina horários para acordar, alimentar-se e dormir. Organize os horários de terapias e medicação;

• Explique sobre a volta às aulas. Dê informações exatas. Mostre num calendário o dia em que as aulas começarão. Mostre no relógio os horários de entrada, intervalo e saída;

• Relembre com seu filho, os amigos, professores, lugares e atividades que ele gosta;

• Se é uma nova escola combine com a gestão visita(s) para que ele conheça a escola, os ambientes e a equipe antes das aulas começarem. Durante o percurso converse sobre sua nova rotina ali, transmitindo-lhe segurança e tranquilidade. Controle sua ansiedade, ok? As dificuldades, preocupações e suas orientações devem ser tratadas em reunião com o gestor e sem a presença da criança/jovem;

• Se o seu filho dará continuidade na mesma escola, mas tem dificuldade com a mudança de rotina, a sugestão do tópico anterior é válida também;

• Converse com a gestão e verifique se é possível enviar um objeto de apoio emocional ou para autorregulação se for necessário;

• A gestão e você podem verificar se é necessária uma adaptação ou readaptação gradativa do aluno. Sua presença ou o acesso fácil a você é fundamental para que ele se sinta amparado. É importante que a cada dia o tempo de permanência dele aumente até que consiga ficar na escola durante todo o período. Sair mais cedo não pode ser uma rotina e não há lei que dê respaldo a essa prática;

• Em casa converse com seu filho fazendo perguntas objetivas: “O que você fez na aula de Educação Física?”; “O que comeu no intervalo?” Durante essas conversas, verifique como seu filho está se sentindo, o que ele está fazendo e oriente, explique, incentive, repreenda e elogie como é com qualquer pessoa. Lembre-se que o autismo é um dos aspectos que o compõem e não ele todo. Seu filho antes de tudo é criança/jovem e é muito maior que o autismo.

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