O HYPE É MORAR SOZINHO
Uma das principais mudanças de hábitos sociais da atualidade, especialmente nas grandes cidades, é o nicho de moradias com apenas um ocupante. Essa tendência modificou diferentes segmentos do mercado: imobiliário, alimentício e entretenimento, com o direcionamento de produtos e serviços que visa atender às demandas de consumidores que prezam por conveniência, qualidade, autonomia e privacidade.
A maioria dos lares unipessoais no Brasil, de acordo com os dados apurados pelo IBGE, são ocupados por homens entre 30 a 59 anos. Eles representam 55,9% dessa faixa etária a morarem sozinhos. Já as mulheres são maioria entre 60 ou mais anos (57,5% do total). Entre o total de faixas etárias, elas são 44,6%. Há um estudo que projeta que até 2030, a quantidade de lares ocupados por uma só pessoa irá crescer 23,4% em todo o mundo.
Composto por um grupo bem diversificado como: estudantes, executivos, solteiros, viúvos e divorciados, direcionam a sua renda e poder aquisitivo a um estilo de vida solo com diversas particularidades, buscam funcionalidade, conforto e praticidade pois a escolha de morar sozinho não significa abrir mão de uma espaço bem projetado e decoração de qualidade.
Os empreendimentos imobiliários se adaptaram ao mercado single e, cresceram de forma exponencial, para atender a demanda que se reflete em projetos com áreas privativas mínimas, áreas de uso comum e lazer amplas e funcionais, com localização que favoreça a mobilidade e acesso a comércios e serviços que tornem a rotina mais prática e eficiente.
Mas quem vive sozinho sofre de solidão? A resposta é não necessariamente, pois viver sozinho quando é uma opção pessoal tem suas vantagens, inclusive vivenciar plenamente a solitude. E, mesmo porque, há pessoas que se sentem solitárias, mesmo convivendo em família ou morando com amigos, e que podem adoecer, como retratado na série “Adolescência”, por passar a vida dentro de quartos, ligados em telas e desconectados da realidade.