A arquitetura regenerativa surgiu da necessidade de equilíbrio ecológico e de regeneração dos recursos naturais, tais como matéria-prima e fontes de energia. Essa vertente busca remediar os danos ambientais e alcançar uma produção mais ecológica, empregando características ativas ou passivas como ferramentas de redução e conservação, com enfoque em edifícios que além de serem sustentáveis precisam restaurar os processos ambientais, sendo parte integrante de um ecossistema vivo.

Dessa maneira, a sustentabilidade, sendo um subconjunto de um modelo regenerativo maior, onde os métodos se sobrepõem e incorporam práticas semelhantes, colocam a arquitetura regenerativa como o próximo passo na evolução da construção civil. Nela o mundo natural é envolvido como sendo o meio e o produtor de arquitetura, nela os sistemas vivos são parte da estrutura construída e devem estar em harmonia com o ecossistema geral.

Os edifícios regenerativos são projetados e operados com o intuito de ter um impacto líquido positivo no ambiente natural e reverter os danos ao meio ambiente, além de trazer mais resiliência. Os projetos por vezes usam a biomimética para imitar a natureza, peles de construção de limpeza de ar, estruturas de purificação de água ou arquitetura de captura de carbono. A mudança de paradigma viabilizará o salto da arquitetura sustentável para a regenerativa e será responsável por uma melhor estratégia para enfrentar, segundo a ONU, a tripla crise planetária: poluição, crise climática e perda da biodiversidade.

A ecoarquitetura por meio de uma abordagem sistêmica emulam o mundo construído interconectado com a natureza, numa escala de intervenções que propicie o design regenerativo como uma extensão do lugar, do microclima, do solo, da fauna e flora. A cidade operando integrada num sistema maior, ajudando a produzir e compartilhar recursos como água potável, energia e alimentos, em sintonia com o modelo de economia circular para criar um forte e próspero ecossistema humano-natureza.