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‘VOCÊ PRAÇA, ACHO GRAÇA; VOCÊ PRÉDIO, ACHO TÉDIO’

COLUNA | BEM MORAR‘VOCÊ PRAÇA, ACHO GRAÇA; VOCÊ PRÉDIO, ACHO TÉDIO’

Praças são espaços livres existentes na malha urbana que rompem a homogeneidade e funcionam como pontos de descompressão entre as edificações do entorno. É o lugar aberto da conversa coletiva na cidade em contraposição ao prédio sisudo e fechado.

Não há gentileza urbana, a ausência de permeabilidade e fachadas ativas enclausuram os sentidos e limitam o senso de pertencimento. Como seres sociais e gregários, esses espaços de convivência são imprescindíveis, funcionam como um local de interações e trocas de ideias, características básicas da vida urbana ao ar livre. São espaços culturais, para caminhar, interagir com a natureza, com o humano e com a cidade, criar elos e uma comunidade.

Praças são criações estéticas e sustentáveis que diversificam a paisagem construída, quebram a monotonia do asfalto e concreto através da presença de arte, biodiversidade, sombreamento, permeabilidade do solo, microclimas sem ilhas de calor, boa qualidade do ar e bem-estar psicológico.

Mas hoje as praças estão vazias e as redes sociais cheias, a arte de conversar e interagir estão se transformando rapidamente e a arquitetura hostil impedindo a fruição do espaço público.

A praça é um local democrático e de memória, onde se encontram marcos históricos e referenciais, um lugar vivo na cidade, beneficia a convivência e melhora o ambiente urbano. Entre a graça e o tédio, praça é um lugar de fala, de existência e resistência, onde mora a alma da cidade.

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