A revolução biomimética é considerada o futuro do design, uma corrente filosófica contemporânea que propõe mudanças significativas na forma de habitar o mundo. Na arquitetura biomimética o foco está em conceitos sociais, cuja imitação não é literal, mas estrutural e estratégica, ao inspirar projetos baseados nas estruturas biológicas da natureza e suas funções.

Somos cercados por estruturas vivas, das quais fazemos parte, que representam o sucesso da evolução na natureza e fornecem modelos, formas estruturais, materiais resilientes e adaptáveis que indicam um caminho para fazer frente a emergência climática sendo cruciais para o desenvolvimento arquitetônico inteligente.

Por esse prisma, a natureza não é considerada apenas fonte de recursos naturais, e sim como um conjunto de sistemas, engrenagens e estruturas que inspiram a busca por inovação. É uma importante diretriz rumo à sustentabilidade do ambiente construído com imitação e replicação do comportamento de um organismo biológico, nos processos naturais para gerar sistemas funcionais sob forma de “edifícios vivos”, enquanto outros projetos tomam certos elementos formais para gerar uma estrutura ou um conceito construtivo.

Essa bioestética revela uma ordem subjacente que ultrapassa a aparência e proporciona melhora na eficiência energética, construtiva, material e funcional.

Projetos paramétricos – inspirados em carapaças de insetos, microrganismos celulares ou estruturas orgânicas – possibilitam a adequação dos componentes estruturais para se abrir ou se fechar segundo a orientação solar e as condições climáticas, podendo funcionar de forma reativa e interativa com o meio ambiente. O biomimetismo é de grande importância em relação aos ecossistemas e infraestruturas naturais (água, solo, biomassa, etc.) e sua relação com as cidades, o objetivo principal é elevar o desempenho e eficiência melhorando a adaptação do ambiente construído ao meio ambiente natural, tendo esse como modelo primordial.