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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

ArtigoTRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica caracterizada por dificuldades persistentes na comunicação e interação social, além de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Esse conjunto de características afeta significativamente o funcionamento da pessoa em diversas áreas da vida.

O TEA é considerado um “espectro” porque seus sintomas e gravidade variam muito entre os indivíduos afetados. Algumas pessoas podem ter habilidades cognitivas e de linguagem relativamente preservadas, enquanto outras podem apresentar deficiências intelectuais e atrasos significativos no desenvolvimento da fala.

Anteriormente, o TEA era dividido em subtipos, como autismo clássico, síndrome de Asperger, transtorno desintegrativo da infância e transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação. Hoje, esses subtipos estão agrupados sob a classificação geral de “Transtorno do Espectro Autista”.

Em relação ao desenvolvimento intelectual, encontram-se indivíduos com habilidades cognitivas dentro da média ou acima da média e até aqueles com deficiência intelectual. Assim, a gravidade dos sintomas pode variar desde sinais e sintomas mais leves até prejuízos mais acentuados no funcionamento social e comportamental.

Estudos epidemiológicos indicam que a prevalência do TEA tem aumentado nas últimas décadas. Estima-se que, a cada ano, uma em cada 54 crianças nos Estados Unidos seja diagnosticada com TEA. Essa prevalência varia entre diferentes regiões e países, com taxas que podem chegar a uma em cada 45 crianças em alguns locais. É importante ressaltar que o aumento observado pode ser, pelo menos em parte, atribuído a uma maior conscientização, aprimoramento dos métodos de diagnóstico e expansão dos critérios diagnósticos ao longo dos anos.

A causa do TEA é complexa e multifatorial, envolvendo uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Para o diagnóstico, são avaliados o nível de funcionamento verbal, o desenvolvimento intelectual e a gravidade dos sinais e sintomas, que podem ser leves ou apresentar acentuado comprometimento no funcionamento social e comportamental.

Os primeiros sinais do TEA podem ser observados já nos primeiros anos de vida, e o diagnóstico é geralmente realizado entre os 2 e 4 anos. No entanto, em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito mais precocemente, por volta dos 18 a 24 meses, especialmente quando há atrasos significativos no desenvolvimento da linguagem e interação social. Por outro lado, em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito mais tardiamente, quando as dificuldades se tornam mais evidentes em contextos sociais mais complexos, como na entrada na escola.

O diagnóstico do TEA é realizado por profissionais de saúde mental, como psiquiatras, psicólogos ou neuropediatras, com base em uma avaliação abrangente que inclui observação clínica, aplicação de instrumentos de avaliação padronizados, exames médicos, neurológicos e genéticos complementares.

O tratamento pode utilizar medicamentos para tratar sintomas relacionados, como ansiedade, depressão ou hiperatividade, além de terapias direcionadas aos déficits mais observados. Desde 2012, o número de publicações sobre o uso de cannabis para pacientes com TEA tem aumentado, descrevendo benefícios para vários pacientes. No entanto, este é um tópico controverso e ainda em estudo.

O importante a ressaltar é que o diagnóstico precoce é crucial por permitir o acesso a intervenções e apoios adequados, maximizando o potencial de desenvolvimento da criança.

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