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Maio Roxo

ArtigoMaio Roxo

Sobre o autor

A campanha Maio Roxo foi criada em 2013 pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de cólon e das doenças inflamatórias gastrointestinais. A prevalência do câncer de cólon varia conforme a região e a demografia da população, mas está entre os tipos mais comuns de câncer no mundo, sendo considerado, nos países desenvolvidos, a segunda ou terceira causa de morte mais frequente por câncer.

As doenças inflamatórias intestinais (DIIs), que incluem a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, são doenças globais, e a prevalência pode variar em relação à localização geográfica e a fatores demográficos. As DIIs são mais frequentes em países desenvolvidos e têm aumentado nas últimas décadas, especialmente em áreas urbanas e industrializadas, variando entre 6 e 25 casos por 100.000 pessoas. Nos países industrializados, a incidência de novos casos está em fase de emergência, enquanto em regiões que ainda estão se industrializando, observa-se uma aceleração no aparecimento de novos casos.

Os fatores de risco para desenvolver DIIs incluem ter um parente próximo com a doença, que pode surgir em qualquer idade, embora a maioria dos diagnósticos ocorra em pessoas entre 15 e 35 anos. Indivíduos de ascendência judaica têm um risco maior. Dietas ricas em gorduras e açúcar, exposição a poluentes ambientais e o tabagismo são fatores de risco significativos, especialmente para a doença de Crohn. O uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides e antibióticos podem aumentar a incidência das DIIs. Embora o estresse não seja um causador direto, pode agravar os sintomas. Devido ao desequilíbrio da imunidade em relação ao aparelho digestivo, a doença de Crohn é considerada uma doença autoimune.

Todos esses fatores interagem de maneiras complexas, combinando predisposição genética e fatores ambientais, tornando as DIIs uma área importante de pesquisa. Assim, a conscientização, a educação da população e a busca por atendimento médico são fundamentais para a prevenção, traduzindo-se na detecção precoce. Exames regulares, como a colonoscopia, são cruciais para reduzir a mortalidade associada ao câncer de cólon e às DIIs. A colonoscopia é geralmente recomendada a partir dos 45 anos para a população em geral, como parte da triagem para câncer colorretal. No entanto, pessoas com histórico familiar de câncer colorretal ou condições inflamatórias intestinais podem precisar iniciar o rastreamento mais cedo, muitas vezes a partir dos 40 anos, dependendo das recomendações do médico. É importante que cada pessoa converse com seu médico sobre o melhor plano de rastreamento com base em seu histórico de saúde e fatores de risco.

O tratamento do câncer de cólon geralmente envolve cirurgia para remover o tumor, seguida de quimioterapia para destruir células cancerígenas. Em alguns casos, a radioterapia e terapias-alvo podem ser utilizadas. O plano de tratamento é individualizado, dependendo do estágio da doença e das características do paciente. O tratamento das DIIs geralmente inclui medicamentos anti-inflamatórios, imunossupressores e biológicos para controlar a inflamação. Em casos graves, pode ser necessária cirurgia para remover partes do intestino afetadas. Mudanças na dieta e no estilo de vida também são recomendadas. Na doença de Crohn, em casos graves e refratários, a terapia celular é uma opção, com o objetivo de reprogramar o sistema imunológico do paciente. A cidade de São José do Rio Preto, referência nacional, foi pioneira nos estudos sobre o procedimento. Em decorrência disso, a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular (SBTMO) criou um grupo de trabalho em Doença de Crohn para divulgar sua importância em todo o país.

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