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HPV E CÂNCER BUCAL

ArtigoHPV E CÂNCER BUCAL
Profissionais da saúde, tanto médicos quanto dentistas, desempenham um papel crucial na identificação de possíveis sinais da doença

O Brasil é o quarto pais no mundo que mais tem câncer bucal, com cerca de 15.000 casos novos por ano, sendo antecedido por Índia (119.000 casos por ano), China e Estados Unidos.

O HPV começou a entrar no cenário do câncer bucal como um fator de risco significativo nas últimas décadas, embora tenha sido associado principalmente ao câncer cervical, estudos recentes mostram uma crescente ligação entre certos tipos de HPV e o desenvolvimento de câncer de boca e garganta. A partir dos anos 2000, o HPV começou a ser reconhecido como um fator de risco importante para alguns casos de câncer bucal, tais como os cânceres orofaríngeos.

Os principais fatores de risco são o consumo de tabaco, álcool, a exposição solar sem proteção nos lábios, trauma de repetição (próteses removíveis com bordas cortantes e dentes quebrados), má higiene oral e a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV).

Os sintomas mais comuns são deste tipo de cânceres são feridas que não cicatrizam, manchas vermelhas ou brancas na boca, dor, sangramento, dificuldade para engolir, alteração na voz, perda de peso e nódulos no pescoço.

A faixa etária mais prevalente de câncer bucal é entre 40 e 60 anos e, no Brasil, estima-se que 25% das lesões bucais cancerizáveis sejam causadas pelo HPV (Papilomavírus Humano).

Dos 15 mil novos casos de câncer de boca no ano no Brasil, assim distribuídos:

Língua: cerca de 25%, sendo os principais fatores o consumo de tabaco, álcool e a infecção pelo HPV.

Lábios: cerca de 15%, sendo mais comum no lábio inferior, o principal fator de risco é a exposição solar sem proteção.

Amígdalas: cerca de 10%, que são tecidos linfáticos localizados na parte posterior da garganta, o principal fator de risco é a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV).

Assoalho da boca: cerca de 10%, que é a parte inferior da cavidade oral, abaixo da língua, principais fatores de risco são o consumo de tabaco.

Bochechas: cerca de 10%, que são as partes laterais da cavidade oral, principais fatores de risco são o consumo de tabaco, álcool e o hábito de morder as bochechas.

Céu da boca: cerca de 5%, que é a parte superior da cavidade oral, principais fatores de risco são o consumo de tabaco, álcool e a prótese dentária mal adaptada.

Gengivas: cerca de 10%, que são os tecidos que envolvem a base dos dentes, principais fatores de risco são próteses removíveis mal adaptadas, consumo de tabaco, álcool e a má higiene bucal.

Gérmen dentário: cerca de 5%, que é a parte embrionária do dente que se desenvolve na gengiva, principal fator de risco é a radiação ionizante.

O Brasil possui um programa nacional de vacinação contra o HPV, desde 2014, inicialmente para meninas de 9 a 13 anos e, em 2017, foi expandido para incluir também meninos da mesma faixa etária.

É importante notar que tanto médicos quanto dentistas podem desempenhar um papel crucial no diagnóstico precoce do câncer bucal. No entanto, devido à natureza de seu trabalho, os dentistas têm mais oportunidades de realizar exames detalhados da boca regularmente, normalmente faz-se uma profilaxia (limpeza) a cada seis meses e é quando o dentista tem a oportunidade de examinar diferentes partes da cavidade oral.

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