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DOENÇA DO SILICONE

ArtigoDOENÇA DO SILICONE

Os implantes de silicone mamários começaram a ser utilizados na década de 1960, nos Estados Unidos, e desde então passaram por diversos marcos importantes:

Na década de 1970 e 1980, houve um aumento significativo no uso de implantes de silicone para aumento e reconstrução mamária. No entanto, na década de 1990, surgiram as primeiras preocupações sobre possíveis relações entre os implantes de silicone e doenças autoimunes, o que levou à suspensão temporária de sua comercialização nos Estados Unidos. No ano 2000, após extensas pesquisas, os implantes de silicone foram reaprovados para uso nos Estados Unidos e em muitos outros países, inclusive no Brasil, com melhorias contínuas na segurança e qualidade dos produtos.

Atualmente, os implantes de silicone mamários são considerados seguros pela maioria das instituições médicas, com baixas taxas de complicações graves quando a cirurgia é realizada por profissionais qualificados. No entanto, alguns riscos e efeitos colaterais ainda existem, como infecções, rupturas e alterações na sensibilidade da mama.

Dentre as complicações associadas aos implantes de silicone na região mamária, podem incluir-se:

• Infecções locais: podem ocorrer na área da cirurgia, causando vermelhidão, inchaço, dor e secreção.

• Formação de abscessos: acúmulo de pus que pode exigir drenagem e tratamento com antibióticos.

• Complicações imediatas: como pneumonia por aspiração em cirurgias sob anestesia geral e, mais raramente, infecções sistêmicas.

• Capsulite contrátil: endurecimento da cápsula ao redor do implante, que pode causar dor e deformidade.

• Necrose tecidual: morte de tecidos em casos graves.

• Biofilme: formação de uma película bacteriana no implante, que pode causar infecções persistentes.

A "doença do silicone" é um termo que se refere a um conjunto de sintomas e condições que algumas pessoas relatam após a colocação de implantes de silicone, especialmente mamários. Embora a relação causal entre os implantes de silicone e esses sintomas ainda seja debatida, os relatos incluem: fadiga, dores articulares e dificuldades cognitivas. Reações alérgicas com a presença de vermelhidão, coceira ou erupções cutâneas. Outra queixa frequente são sintomas como febre, dor muscular e mal-estar geral, além de interferência na sua qualidade de vida

Se houver suspeita de que esteja enfrentando esses problemas, é aconselhável consultar um médico para avaliar a situação e decidir pela cirurgia de retirada do implante

A duração dos sintomas após a retirada do silicone pode variar significativamente entre os pacientes. Sintomas relacionados a reações locais (como dor ou inchaço), geralmente, diminuem em dias ou semanas após a cirurgia. Os sintomas mais amplos e duradouros (como fadiga ou dor nas articulações) podem levar meses para melhorar, e alguns podem persistir por mais tempo. Existe relação entre o tempo de permanência com o implante e o desaparecimento dos sintomas.

É essencial seguir as orientações do médico e manter um acompanhamento pós-operatório para monitorar a recuperação e discutir quaisquer sintomas persistentes.

Devemos ressaltar que a tecnologia dos implantes de silicone continua a evoluir, com o desenvolvimento de novas gerações de produtos que oferecem melhores perfis de segurança e resultados estéticos. No entanto, é crucial que os pacientes sejam bem informados sobre os riscos e benefícios antes de realizar qualquer procedimento com implantes de silicone.

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