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CÂNCER DE OVÁRIO E SINAIS DE ALERTA

ArtigoCÂNCER DE OVÁRIO E SINAIS DE ALERTA

Dados alarmantes do Reino Unido sobre o câncer de ovário informam que uma em cada sete mulheres pode vir a falecer dentro de dois anos após o diagnóstico, mas nove em cada 10 sobreviverão, se diagnosticadas precocemente. Isso se deve ao fato de que dois terços dos casos são diagnosticados tardiamente, momento em que o câncer é mais difícil de tratar. As principais razões para o diagnóstico tardio são que os sintomas são inespecíficos e as mulheres não os reconhecem ou não os relatam. Outro dado é que médicos podem confundir os sintomas com outros problemas. Esses sintomas às vezes podem ser confundidos com menopausa ou problemas intestinais, ou da bexiga.

Existem também as crenças errôneas de que os sintomas da doença só aparecerão em estágios avançados e de que os exames de rastreio atuais (como Papanicolau) não detectam câncer de ovário ou de que o exame pélvico tem limitações para detectar tumores ovarianos precoces.

Os profissionais da área de enfermagem, que estão frequentemente na linha de frente da avaliação de sintomas, são considerados os mais importantes no auxílio do diagnóstico e valorização dos sintomas, de acordo com recente estudo publicado no British Journal of Nursing.

Assim, devemos valorizar alguns sintomas persistentes, especialmente em mulheres acima de 50 anos, como saciedade precoce, perda de apetite, inchaço abdominal, dor pélvica ou abdominal, com destaque para a importância de se investigar sintomas urinários recorrentes como urgência ou aumento da frequência urinária.

O diagnóstico do câncer de ovário envolve uma combinação de testes e procedimentos que se inicia com o exame pélvico para palpar possíveis massas ou irregularidades nos ovários, seguido do exame de toque vaginal para avaliar o tamanho, forma e mobilidade dos ovários. Exames de imagem como a ultrassonografia transvaginal, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética são fundamentais para ajudar a avaliar o tamanho, forma e extensão do tumor.

O teste do antígeno CA-125 é o principal marcador utilizado, e níveis elevados desse marcador podem indicar a presença de câncer de ovário, assim como outros marcadores como HE4 e índices de ROMA entre os dois marcadores também podem ser solicitados.

Se os exames anteriores indicarem a presença de um tumor, uma biópsia (retirada de uma amostra do tumor) pode ser necessária para confirmar o diagnóstico, geralmente realizada por meio de uma cirurgia laparoscópica minimamente invasiva. O passo seguinte será o de determinar o estágio da doença para planejar o tratamento adequado.

Concluindo, os principais desafios no diagnóstico precoce do câncer de ovário passam pelas campanhas de conscientização para as mulheres reconhecerem os sinais de alerta, a necessidade de maior educação e treinamento para profissionais de saúde, além de um aumento do investimento em pesquisas para desenvolver métodos de triagem e diagnóstico mais eficazes.

É importante que as mulheres, especialmente aquelas com fatores de risco como a presença de mutações genéticas BRCA1 e BRCA2, estejam atentas a quaisquer sintomas e realizem acompanhamento médico regular. Isso pode contribuir para um diagnóstico precoce, aumentando as chances de tratamento e cura.

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