Bibliotecas mais bonitas do mundo
Na próxima quarta-feira, 23 de abril, é celebrado o Dia Mundial do Livro. A data foi escolhida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para incentivar a leitura, homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais. Essa data foi escolhida em tributo aos escritores Miguel de Cervantes, Inca Garcilaso de la Vega e William Shakespeare, que faleceram em 23 de abril de 1616.
O livro, em suas diversas formas e gêneros, serve como portal para mundos desconhecidos, permitindo-nos viajar no tempo, explorar diferentes perspectivas e confrontar novas realidades. Através da leitura, aprimoramos nosso vocabulário, desenvolvemos o pensamento crítico e fortalecemos nossa capacidade de empatia. Em um mundo cada vez mais digital, a persistência do livro impresso e a ascensão do livro digital demonstram a perene relevância da leitura.
Em comemoração ao Dia Mundial do Livro, destacamos algumas das bibliotecas mais bonitas do mundo para você se inspirar e visitar:
Biblioteca George
Peabody em Baltimore
Maryland, Estados Unidos
Inaugurada em 1878, a biblioteca é reconhecida pela sua impressionante arquitetura interior. A Sala Stack Peabody contém cinco camadas de rochas ornamentais em ferro fundido e varandas que se elevam de forma dramática para a claraboia. A biblioteca é composta por mais de 300 mil títulos, a maioria dos quais datam do período entre os séculos XVIII e XX. Entre as áreas mais importantes estão as coleções de arte, arqueologia e arquitetura britânica, história britânica e americana, biografia, literatura inglesa e americana, línguas românicas e da literatura, clássicos gregos e latinos, história da ciência, geografia, além de livros sobre exploração e viagens, incluindo uma grande mapoteca.
Biblioteca do Mosteiro de Strahov
Praga, República Tcheca
O Mosteiro de Strahov, em Praga, abriga uma biblioteca de beleza ímpar, notável pelo seu estilo barroco e acervo predominantemente religioso, utilizado pelos monges para estudo. Atualmente, a comunidade monástica é reduzida a 22 membros, reflexo do declínio da religiosidade na República Tcheca, onde o ateísmo prevalece. A biblioteca, datada de 1700, preserva cerca de 250 mil volumes. Dois salões merecem a atenção: o Teológico e o Filosófico, com livros de outras ciências e uma coleção Encyclopédie de Denis Diderot, pai da enciclopédia.
A parte mais antiga, a Sala Teológica Barroca, foi construída entre 1671 e 1674, fazendo uma das mais antigas – e mais bem preservadas – bibliotecas históricas do mundo. Mais de 200 mil volumes são coletados aqui, com muitos textos impressos entre 1501 e 1800.
Biblioteca do Mosteiro de Wiblingen
Ulm, Alemanha
Localizada em um mosteiro alemão, a foi construída entre 1740 e 1750, serviu não apenas como uma biblioteca, mas também como uma sala para recepções e ocasiões festivas. Durante a Idade Média, Wiblingen foi famosa por sua erudição, qualidade de sua educação e lugar exemplar de disciplina monástica. O local em estilo rococó é, no entanto, um truque: emprega a técnica trompe l'oeil para simular elementos luxuosos como mármore e porcelana, quando, na realidade, a madeira pintada é o material predominante.
Biblioteca da Abadia de São Galo
Sankt Gallen, Suíça
Em alemão, Stiftsbibliothek, a Biblioteca da Abadia de São Galo foi construída com a Abadia de São Galo durante o século VIII, ambos foram designados Patrimônios Mundiais em 1983, devido à sua história como “um dos centros culturais mais importantes da Europa”. Projetado por Peter Thum em estilo rococó, existe uma inscrição grega acima da entrada do salão da biblioteca, que se traduz em “lugar de cura para a alma”. A biblioteca abriga mais de 160 mil obras, algumas disponíveis para consulta do público, e também expõe edições manuscritas e impressas de livros com mais de 700 anos.
Biblioteca Real
Gabinete Português de Leitura
Rio de Janeiro, Brasil
Situada no coração do Rio de Janeiro, a Biblioteca Real Gabinete Português de Leitura é em um monumento vivo da ligação histórica e cultural entre Portugal e Brasil. Detentora do maior acervo de obras lusitanas fora de Portugal, a instituição guarda um patrimônio inestimável, que inclui obras raras, manuscritos iluminados, cartas de figuras ilustres e primeiras edições de relevância ímpar. Além disso, o local foi palco das primeiras sessões da Academia Brasileira de Letras.