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DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

SaúdeDESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
Evento reúne profissionais para discutir a saúde mental dos jovens

A saúde mental dos jovens na era digital tem sido um tema relevante devido ao aumento do uso de tecnologias e redes sociais. A exposição constante aos dispositivos eletrônicos e a pressão para permanecer conectado têm afetado significativamente a saúde psicológica dos adolescentes. Este cenário representa um desafio para os profissionais de saúde mental, que precisam ajustar suas abordagens terapêuticas para atender a essa nova realidade. Com objeto de oferecer ferramentas e recursos para resolução dos casos enfrentados, a 4ª Jornada Saúde Mental e os Desafios da Atualidade reuniu psicólogos, professores, médicos e estudantes, neste sábado, 15. O evento promovido pelo Unipsico Rio Preto foi realizado on-line e presencialmente.

Um dos principais obstáculos enfrentados por pais e profissionais da área da saúde é a redução do tempo de tela ao que os jovens permanecem e da dependência de validação virtual, conforme apontado pela psicanalista doutora Josefa Maria Dias da Silva Fernandes. As mudanças físicas e emocionais na adolescência podem levar a um uso excessivo das tecnologias digitais. “A dependência gerada por essas tecnologias têm se tornado um problema, afastando os adolescentes do mundo real e expondo-os a diversos riscos, como o cyberbullying, que é bastante comum atualmente devido ao anonimato proporcionado pela internet. É essencial abordar e enfrentar essas questões para proteger a saúde mental e emocional dos jovens”.

Entre os transtornos psicológicos mais comuns na adolescência, destacam-se a ansiedade, a depressão e os transtornos alimentares. A pressão acadêmica, questões de identidade e a influência das redes sociais são fatores que influenciam o surgimento dessas condições. Os avanços na psicologia têm possibilitado diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes. Segundo a psicóloga Anelize de Carvalho Ferreira, especializada em reabilitação cognitiva, as pesquisas sobre o funcionamento cognitivo de pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento estão evoluindo rapidamente, permitindo uma melhor compreensão de casos atípicos.

Os critérios diagnósticos para identificação de transtornos foram expandidos, resultando em um aumento no número de pessoas que se enquadram nesses diagnósticos. Isso permite que mais indivíduos obtenham o tratamento adequado para lidar com esses transtornos. “Com a difusão das informações sobre TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) e autismo, quem tem o transtorno tem a possibilidade de se enxergar e se identificar com os sinais e sintomas, e acaba buscando avaliação e intervenção com mais frequência”, conclui Anelize.

A psiquiatra Leisa Barbosa de Araújo ressalta a importância da intervenção precoce para abordar os transtornos de forma eficaz e oportuna. Conforme ela, o diagnóstico assertivo tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. “É extremamente necessário um diagnóstico que identifique prejuízos e potencialidades da criança ou adolescente e que isso aconteça de forma mais rápida possível para que essas funções sejam estimuladas em um prazo de tempo adequado”. (Colaborou Eduarda Prieto)

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