EGO SCRIPTOR
Poesia na CidadeEGO SCRIPTOR
Ser escritor
não tem qualquer glamour
é ser solitário,
às vezes, um ser
que (querendo, ou sem querer)
pensam ser otário.
Não tem apoio em familiares,
amigos ou vizinhos,
pois, no viés de outros olhares,
é o estranho do ninho,
quem segue na luta com moinhos,
talvez gigantes
(que poderiam estar deitados
no eternamente,
mas se impõem acordados,
fora dos berços esplendidos,
dizendo sorridentes:
“me escreva”;
“vida me conceda”.
E escrevemos:
gigantes concebemos).
Talvez escrever seja loucura
(daquelas fortes e sem cura),
talvez paixão,
ou pura obsessão
por não aceitar perder
quando a vida esvaecer.