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DE NOVO

Poesia na CidadeDE NOVO

Divirto-me pela manhã

a rolar na cama

ainda morna de mim.

Estico braços e pernas

e sem culpa desejo não escovar dentes

nem pentear cabelos.

Decido por tentar o calor do sol de meu quintal,

um sol amarelado,

receoso de chuva

e capaz de reavivar memórias.


Na piscina protegida por ciprestes,

(agora nome de minha rua)

o sol nos aquecia a juventude.


Um dia chegou o frio.

Chegou também a ausência,

acompanhada da distância,

de rumos diversos,

de filhos diferentes

e de outros menores amores.


O sol de hoje me aqueceu, porém,

e a saudade me fez feliz

ainda que por um momento.

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