Diz-me o que comes, dir-te-ei o que és”. Essa frase foi escrita por Jean-Anthelme Brillat-Savarin (1755-1826), em seu livro “Physiologie du goût” (“Fisiologia do gosto”). Savarin foi o mais destacado e pioneiro dos gastrônomos que o mundo já conheceu. Ele também tinha outros talentos: foi jurista renomado, político, inventor, químico, músico, linguista e poeta, mas foi na condição de gastrônomo que alcançou a imortalidade.
Por falar nisso, vamos todos para a boa mesa. O Molho Parisiense nada mais é que uma variação do Molho Béchamel, de origem francesa (daí, o nome “Parisiense”), embora ele seja bem brasileiro. É provável que tenha sido criado em São Paulo. Ele é suave, chega a ser aveludado, elegante, simples de fazer e é barato. Sabe aquele prato que se faz para receber os amigos e que passa uma sensação reconfortante? É este! O Molho Parisiense é perfeito para um talharim (tiras de 0,5 a 1cm de largura), fettuccine (tiras mais estreitas, de 3mm) ou penne (formato cilíndrico), que foi o que eu usei. Esse cruzamento de culturas deixa a gastronomia bem divertida.
Vou citar apenas algumas derivações do Molho Béchamel, “Molho Mãe”, Molho Parisiense: acrescente creme de leite, presunto, ervilhas e champignon (opcional). Molho Mornay: acrescente os queijos gruyère, parmesão e gema de ovo. Molho Soubise: adicione cebolas cozidas.
Molho 4 Queijos: adicione os queijos gorgonzola, parmesão, brie e gouda, com direito à troca de queijo. Molho Mostarda: adicione mostarda Dijon. Molho Fiorentine: adicione espinafre. Como tudo, na gastronomia é importante saber as regras, antes de desconstruí-las.
E por falar em Paris, na minha opinião, é a cidade mais encantadora do mundo. É arte pelos quatro cantos. Você respira arte! E nos devaneios, você se sente mais romântica.
A primeira vez que eu pisei em Paris, eu pensei: preciso ouvir “La vie en rose”, na voz de Édith Piaf. Só depois, eu sosseguei. Agora, perambular pela cidade a esmo não tem nada igual. E quando você vira a esquina, e, do nada, aparece uma exposição fotográfica de altíssimo nível? Mas tem coisas que a gente tem de reservar antes, como assistir a shows ou ir a um bom restaurante em Paris, quem dirá com umas estrelinhas na entrada. Uh là là!

