ARQ DESIGN TRAZ A VIDA EM MOVIMENTO
Com o tema “Vida em Movimento”, a 4ª edição Arq Design traz a oportunidade para explorar não apenas os espaços físicos, mas também as emoções e experiências que eles evocam. Desenvolvido e organizado pela 8 MKT & Eventos, coordenada por João Spode, Marcelo Cury, Carol Shimizu e Augusto Azevedo, o evento apresenta 25 ambientes.
A Mostra destaca inovações e tendências que refletem a criatividade e a visão dos profissionais da área, convidando os visitantes a uma imersão estética e cultural. Em uma área de 3 mil metros quadrados, a nova temporada da Mostra Arq Design é uma celebração da dinâmica da vida contemporânea. Além de visitar os espaços, o público tem acesso a uma atmosfera que inclui arte, gastronomia e música. Um espaço para contemplar e compartilhar momentos e experiências.
A Arq Design 2024 estará aberta ao público até 8 de setembro, proporcionando uma oportunidade ímpar para explorar o intrigante universo da arquitetura e do design contemporâneo.
Leia a entrevista a seguir com dois dos organizadores, João Spode e Marcelo Cury:
BE – A Arq Design 2024 chega à sua quarta edição, o que os visitantes encontrarão nesta mostra?
João Spode – Os visitantes encontrarão na Arq Design inspiração para construir, reformar e renovar o decor da casa. A gente apresenta todos os anos as últimas tendências e novidades em arquitetura, design, decoração, paisagismo. Importante desmistificar que o evento não é exclusivo para profissionais do setor, mas sim aberto a todo o público que deseja viver bem, morar melhor, ter uma casa mais bonita, mais funcional, mais confortável e aconchegante.
BE – Qual o tema da Arq Design 2024?
João Spode – O tema da mostra desse ano é “Vida em Movimento”, que norteou a criação de todo o elenco.
BE – Poderia nos adiantar os diferenciais ou novidades de cada um?
João Spode – O público encontrará muito de tecnologia, automação, ar-condicionado inteligente, som, conexão com assistentes, por exemplo, a Alexa. Teremos muito essa conectividade. Contamos com ambientes em que o visitante pode ficar mais tempo conosco. Um sushi bar operado pelo Jangada, aberto ao público, um wine bar com o Armazém de Santa Madonna e também um café com o Day Off. Então, além de fazer a visita, que dura em média duas horas para ver com atenção a todos os detalhes, o visitante fica com a gente para tomar um café, para jantar, para tomar um vinho.
BE – Quais as tendências que a Arq Designer trará para o público visitante?
João Spode – Algumas tendências que a gente pode ver esse ano, por exemplo, é o retorno dos blocos de vidro, aqueles tijolos de vidro, eles aparecem num dos ambientes. Também o vidro canelado, que foi muito usado no passado e agora volta com uma nova roupagem, isso está muito legal. Nós temos uma força muito presente do minimalismo em quadros, em obras de arte. E também ainda a presença de tons escuros e uma brincadeira com preto e branco. Isso aparece em, pelo menos, três ambientes da amostra, ambientes escuros e que são muito aconchegantes, trazem um ar de mistério, um pouco de sedução, algo nesse sentido. Então, o visitante pode observará isso. Tons escuros, vidro canelado, os tijolos de vidro e o minimalismo são algumas das tendências que estão em alta nesse ano na arquitetura.
BE – Quais são os principais pontos do legado que a Arq Design vem construindo desde a sua criação em Rio Preto?
João Spode – O principal legado de Arq Design é envolver todo esse segmento da arquitetura, construção civil, decoração, desde a nossa edição de estreia, a gente tem um elenco formado por mais de 100 profissionais e todos os anos apresentando novidades, tendências e inovações. Rio Preto não tinha um evento com essa força, com esse tamanho e agora tem. Ficamos muito felizes em atingir toda uma região, com muitas cidades, e também atingir a parte de Minas Gerais, de Mato Grosso do Sul, que nos visitam. O legado é ter um evento cada vez mais forte que se consolida a cada ano.
BE – Como você avalia o setor de arquitetura em Rio Preto?
Marcelo Cury – O setor de arquitetura em São José do Rio Preto destaca-se por sua vitalidade e crescimento. A presença de um número significativo de profissionais qualificados, formados em diversas instituições de ensino da cidade contribui para o desenvolvimento local. Essa força acadêmica, aliada à disponibilidade de grandes lojas e parceiros comerciais, proporciona acesso a uma variedade de materiais e tecnologias frequentemente encontrados apenas nas capitais. Dessa forma, São José do Rio Preto se consolida como um importante polo arquitetônico, oferecendo serviços e inovações de alta qualidade. É um setor que promete muito, é um setor preocupado com a arquitetura, dificilmente hoje se encontra uma casa sem um profissional de arquitetura, pelo menos quando a gente fala de médio para alto padrão.
BE – Como uma mostra deste porte influencia a formação profissional e estimula estudantes a encontrarem novas perspectivas para a carreira?
Marcelo Cury – Uma amostra do porte da Arc Design influencia na formação profissional pela diversidade do próprio evento. Os estudantes de arquitetura, geralmente, são contratados para estarem nos espaços, explicando como foi criado, como funciona. E isso permite que esses estudantes tenham contato com o processo criativo do arquiteto que eles estão representando aqui na amostra. Fora isso, para os estudantes que não trabalham no evento, a visitação causa um impacto muito grande, porque eles veem novas perspectivas de materiais, de lançamentos, de tendências que, na prática, só teriam após terem iniciado sua carreira, depois de formado. A mostra é uma prévia do que eles vão encontrar no mercado em termos de soluções, de equipamentos, de mobiliário, de design, de formas, de texturas e cores.
BE – E quais serão os desafios para o futuro do setor?
Marcelo Cury – O maior desafio, hoje, para o setor da arquitetura é a convivência com as novas tecnologias, tanto de projeto quanto de construção. As tecnologias de projeto é a inserção da inteligência artificial no processo criativo dos escritórios de arquitetura e em relação à execução dos projetos, à execução projetual. E nosso maior gargalo, atualmente, é a mão de obra. O Brasil passa por uma transição de sistemas construtivos, um sistema construtivo muito arcaico que temos e chamamos de industrialização da construção civil. Somos profissionais capacitados, gabaritados para as novas técnicas e sistemas construtivos. Esses sistemas construtivos vocês conseguem ver na Mostra Arq Design, vários deles aplicados.
BE – E por falar em desafios, conta para gente como é a organização da mostra? Quando começa a organização, curiosidades, número de profissionais envolvidos? Detalhe os bastidores.
Marcelo Cury – Depois de lançado, comercializado os espaços, todo o processo de curadoria,, no qual os arquitetos submetem seus projetos à curadoria, faz-se a compatibilização entre os ambientes. Em seguida, verificamos se houve adesão ao tema sugerido pela mostra, faz sugestões, intervenções junto aos arquitetos para que a qualidade sempre seja excelente e exemplar.
Quando iniciam as obras, passam por aqui, no nosso canteiro de obras, mais de 200 profissionais da construção civil. São 80 fornecedores, é uma cadeia que a gente movimenta de muita gente, gerando salários, gerando pagamentos, gerando benefícios, gerando visibilidade de marcas, parceiras, pessoas que acreditam que um evento como esse eleva a credibilidade da sua empresa.
BE – Poderia compartilhar o sentimento na realização deste evento, um dos principais do gênero no estado de São Paulo? O que esse trabalho representa para você?
Marcelo Cury – É um sentimento de extrema realização pessoal, profissional, de trabalho em equipe, da 8 MKT & Eventos, que conduz de forma impecável a realização desse evento. Ficamos muito felizes do nosso posicionamento em relação à mostra de arquitetura no Estado de São Paulo. A nossa visibilidade cada vez é maior, cada vez mais atraímos parceiros da nossa microrregião e parceiros da Capital que enxergam no nosso mercado regional uma possibilidade de novos negócios. Esse trabalho representa para a gente não só a realização pessoal, o lucro de uma empresa, os ganhos para uma empresa, porque ele é um negócio, mas a satisfação de trazer para a nossa região um evento de altíssima qualidade, cultural, de arquitetura, design e paisagismo.