FORTALECENDO A CULTURA ORGANIZACIONAL ATRAVÉS DA INCLUSÃO
O tema deste artigo é inspirado no encontro do Reinvente Cegente com Muna Hammad que nos brindou com vários insights sobre esse assunto. Segundo ela, a inclusão tem se tornado um pilar fundamental na construção de uma cultura organizacional sólida e eficaz. Diferentemente do que muitos pensam, a inclusão vai além da mera rentabilidade, sendo um elemento crucial para a geração de valor a longo prazo. A diversidade cognitiva, resultante de uma cultura inclusiva, traz inúmeros benefícios para as organizações, pois quando a inclusão é colocada no centro da cultura organizacional, observa-se um aumento na neurodiversidade, colaboração, capacidade de análise e criatividade. Estes elementos são essenciais para impulsionar a inovação, que tem na diversidade sua base fundamental.
Além disso, uma cultura inclusiva contribui para: 1) redução de custos com rotatividade e turnover, 2) melhoria da reputação e fortalecimento da marca empregadora e 3) criação de um ambiente mais leve, onde as pessoas se sentem respeitadas, o que por sua vez aumenta a conexão com o cliente. É importante ressaltar que a diversidade não se limita apenas à orientação sexual e gênero. Trata-se de uma questão de atitudes que devem estar conectadas com o desenvolvimento e os resultados da organização. Para implementar uma cultura verdadeiramente inclusiva, é crucial preparar os líderes para lidar com vieses inconscientes. Isso envolve uma abertura para reconhecer e abordar preconceitos arraigados que podem influenciar decisões e comportamentos.
Uma equipe diversa é essencial não apenas para o dia a dia da organização, mas também para liderar processos de transformação digital e desenvolver soluções mais inclusivas e eficazes, como, inclusive, foi discutido no artigo da semana passada. Isso está diretamente ligado a uma nova concepção de produtividade, que prioriza a inovação e o impacto a longo prazo.
O bem-estar dos colaboradores emerge como um fator crucial nesse contexto. Aspectos como saúde mental no trabalho, segurança no ambiente profissional e equilíbrio entre vida pessoal e profissional são cada vez mais valorizados por profissionais de todas as idades. Para construir uma cultura organizacional forte e inclusiva, é fundamental focar na transformação da cultura para uma cultura de respeito, buscando desenvolver o apoio das lideranças.
Por fim, a tríade engajamento, respeito e transparência forma a base para a construção de confiança, elemento vital para uma cultura organizacional sólida e inclusiva. Ao adotar essas práticas, as organizações não apenas fortalecem sua cultura interna, mas também se posicionam de forma mais competitiva no mercado, atraindo e retendo talentos diversos e criando um ambiente propício à inovação e ao crescimento sustentável. A inclusão, nesse ponto de vista, portanto, vai muito além do que simplesmente atender obrigações legislativas, pois tem o poder de contribuir para uma cultura mais forte que acolhe o diverso potencializando-se justamente por isso e aumentando, assim, as chances de superar os desafios, cada vez maiores e também diversos, para atingir as metas e os resultados que precisamos nos negócios.