Como está a sua respiração? Já parou para pensar nisso? Em um bate-papo, a Dra. Glauce Bertazzi inicia mencionando que nós seres humanos necessitamos de alimento, água e ar para vivermos. Nenhum de nós consegue viver sem se alimentar, beber água e respirar. No entanto, nosso corpo consegue viver duas semanas sem comida, dois dias sem água mas apenas dois minutos sem ar.

Quando nascemos damos nosso primeiro respiro. E a cada aniversário, comemorarmos o dia desse primeiro respiro fundamental para estarmos vivos. De tão natural e óbvio, acabamos não percebendo nosso respirar no dia a dia. E como costumo dizer, aqui temos sempre a oportunidade de sermos geniais usando o poder de fazer o óbvio. Mas hoje em dia a grande maioria de nós não tem tempo para isso mais. E muitos problemas de saúde começam justamente pela falta da autopercepção de problemas emocionais que evoluem para problemas físicos, de acordo com a Dra. Glauce.

E o que saúde e respiração tem a ver com liderança? Na verdade, como já abordei em outros artigos aqui, toda liderança efetiva começa pela autoliderança. Ao liderarmos a nós mesmos ganhamos a oportunidade de podermos ser bons líderes para os demais. E o processo de autoliderança é um processo de autoconhecimento. Quando mais conhecemos nossas emoções e nossas reações a elas, melhor podemos liderar nossas escolhas para conquistar nossos objetivos e melhor envolvemos os outros nesse processo.

E com tantos casos de burnout, ansiedade e depressão no mundo do trabalho, hoje é essencial olharmos para a saúde e o bem-estar como princípios fundamentais para uma liderança eficaz. A medicina por muito tempo se dedicou apenas a tratar das doenças, mas hoje há várias linhas de pesquisas dedicadas a entender como promover a saúde. E basicamente há 3 fatores essenciais para considerarmos ao buscarmos criar saúde para nosso organismo: 1) o que sentimos, 2) o que pensamos e 3) como nos relacionamos.

Portanto, aprender mais sobre como lidar com nossos sentimentos, emoções e pensamentos é uma forma de não só melhorarmos nossos relacionamentos, mas sobretudo de melhorarmos nossa saúde e nossa qualidade de vida. No EmpreendeRH o Dr. Fábio Gabas afirmou que já se comprovou que a genética não é o único determinante para as doenças que adquirimos ao longo da vida e que os fatores relacionais e emocionais são os que deflagram os gatilhos para essas doenças em nosso organismo.

Há alguns anos, houve uma grande busca de muitos profissionais por atividades físicas por entenderem a importância de cuidar do corpo para promover saúde e lidar com o estresse. Além do cuidado do corpo, também devemos incluir os cuidados com nossas emoções e nossas relações pelo autoconhecimento para que possamos criar saúde e liderar nossa equipe ainda de forma melhor para atingirem seus resultados, valorizando a qualidade de vida nesse processo.