Numa linda parceria público-privada, com trabalho voluntário, colaborativo e de cooperação entre escritores, artistas plásticos, arquitetos, engenheiros e moradores do bairro Morumbi - numa área próxima do Instituto dos Cegos e da AMIC - foi possível a materialização do sonho de uma praça que conecta os nove países que têm como língua oficial a língua portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.

Espaços públicos são o lugar aberto da conversa coletiva e democrática, local da manifestação artística, senso de pertencimento, referência e memória. Esses espaços de convivência são imprescindíveis, pois permitem interações e conexões sociais. São locais de descompressão da vida urbana, porque conectam com a natureza, constituem espaços culturais ao ar livre, permitem atividades variadas e fortalecem o senso de comunidade.

A Praça dos Escritores é singular pela existência de painéis artísticos doados pelos artistas, conectados com a literatura e aberto para a visitação, contemplação e permanência como um museu ao ar livre. As criações estéticas diversificam a paisagem da cidade através da presença de arte, biodiversidade, sombreamento, permeabilidade do solo, pássaros e o engajamento coletivo conseguiu superar dificuldades, unir pessoas, que estão dispostas a cuidar, frequentar e tornar vivo esse presente que a cidade recebeu.