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MUSICOTERAPIA

ArtigoMUSICOTERAPIA

A musicoterapia utiliza a música e seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) como meio terapêutico para promover a saúde física, mental, emocional e social do indivíduo. A Federação Mundial de Musicoterapia a resume como o uso profissional da música em ambientes médicos, como hospitais, para pacientes individuais ou em grupos, com o objetivo de otimizar a qualidade de vida e melhorar suas condições físicas, sociais, comunicativas, emocionais, intelectuais e espirituais.

No Brasil, a profissão de musicoterapeuta é regulamentada pela Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, que dispõe sobre o exercício da Medicina e a reconhece como uma especialidade médica, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), com a Resolução CFM nº 2.173/2017, que regulamenta a prática da musicoterapia no âmbito da medicina.

No entanto, não apenas médicos podem exercer a musicoterapia. Em uma simples busca virtual, encontramos o oferecimento de diversos cursos, inclusive a distância, nos quais está explícito que outros profissionais podem exercer a musicoterapia. Podem participar licenciados ou bacharéis nas áreas de saúde, artes e humanas, como professores de música/artes, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos e áreas afins que tenham conhecimento musical comprovado através de prova de habilidade.

A profissão de musicoterapeuta, conforme a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO 2263-05), não exige uma graduação específica como requisito anterior à pós-graduação, mas existe a necessidade de conhecimento em música para ingressar nos programas de pós-graduação disponíveis no país.

Hoje, o mercado de trabalho, além de oferecer oportunidades promissoras, está em expansão. A musicoterapia está incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS).

A musicoterapia pode trazer diversos benefícios para o indivíduo, incluindo: melhora da saúde mental, reabilitação física, melhora da comunicação e interação social, alívio da dor e melhora da qualidade de vida em pacientes com doenças crônicas, como câncer e doenças neurodegenerativas. Ela também pode ser aplicada no desenvolvimento cognitivo e na aprendizagem, sendo útil para crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem, déficit de atenção e outras condições que afetam o desenvolvimento cognitivo. A musicoterapia pode ajudar a melhorar a memória, a atenção e a resolução de problemas relacionados a estas condições.

Uma simples busca na literatura revela aproximadamente 9.500 artigos científicos sobre o tema. Esses artigos abordam doenças como transtorno do espectro autista, Parkinson, demência e até doenças cardiovasculares. A eficácia da musicoterapia tem sido amplamente documentada em estudos clínicos e científicos. Revisões sistemáticas, estudos que selecionam várias publicações e respondem a questões relevantes de uma moléstia, avaliaram a musicoterapia e concluíram que ela é eficaz no tratamento de sintomas depressivos, esquizofrenia e na reabilitação de pacientes com doenças neurológicas. Outra revisão sistemática concluiu que a musicoterapia é eficaz no alívio da dor e na melhora da qualidade de vida em pacientes com doenças crônicas. Estudos indicam também que a musicoterapia pode ajudar crianças com transtorno do espectro autista a melhorar suas habilidades comunicativas.

Em conclusão, a musicoterapia é uma terapêutica reconhecida que pode trazer diversos benefícios para a saúde física, mental, emocional e social dos indivíduos. Sua aplicação em uma ampla variedade de doenças e condições é apoiada por uma sólida base de evidências científicas, demonstrando sua eficácia em diferentes contextos clínicos.

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