MOLIBDÊNIO
O molibdênio é um mineral oligoelemento essencial naturalmente presente em muitos alimentos e desempenha diversas funções importantes no organismo. Ele está presente em aproximadamente 20 enzimas, entre elas as mais conhecidas são: sulfito oxidase, xantina oxidase, aldeído oxidase e componente redutor de amidoxima mitocondrial; que ajudam na desintoxicação do organismo, contribuindo para eliminar toxinas e substâncias prejudiciais das proteínas, álcool, drogas, medicamentos, toxinas, purinas, sulfitos. Ele facilita a conversão de compostos prejudicais em formas menos tóxicas, que podem ser excretadas pelo corpo. Os rins são eficientes na remoção de quantidades excessivas de molibdênio do corpo.
Em um homem de 70 kg, existe cerca de 9,3 mg de molibdênio, que se concentra no fígado, rins, ossos, dentes (onde se concentra no esmalte dentário). O molibdênio ajuda na absorção do ferro, prevenindo a anemia ferropriva. O corpo utiliza o molibdênio para síntese de aminoácidos, proteínas e material genético, como o DNA, na produção de energia e regeneração celular. Como ele é fundamental para o metabolismo das proteínas, ajuda a produzir e ativar enzimas responsáveis pelo reparo e produção do material genético.
O molibdênio pode auxiliar na melhora da anemia por deficiência de ferro e na melhora de dores nas articulações devido à artrite. As propriedades antianêmicas e anti artríticas são em decorrência das enzimas produzidas pelo molibdênio.
O molibdênio é essencial para o combate a patógenos, parasitas e micotoxinas.
Como antioxidante, o molibdênio contribui para o combate aos radicais livres do corpo, atuando na prevenção do envelhecimento precoce e do desenvolvimento de doenças crônicas. O molibdênio é considerado um potente antioxidante, porque o ácido úrico, fruto da ação enzimática da molibdoenzima xantina oxidase, é um poderoso varredor do radical livre hidroxila. Ele é considerado um agente anticárie e também auxilia na desintoxicação do fígado e libera as toxinas pela urina.
A deficiência de molibdênio é incomum. Em situações de deficiência extrema pode ocorrer dor de cabeça, cegueira noturna, alergia, náuseas, vômitos, cáries, desorientação, arritmia cardíaca e coma. A principal indicação do uso terapêutico de molibdênio está na prevenção do carcinoma gastroesofágico.
O excesso de molibdênio é incomum, e em casos raros pode desregular o metabolismo de carboidratos, aumentar o estresse oxidativo, promover redução das enzimas cobre dependentes, como a ceruloplasmina, superóxido dismutase e o citocromo C oxidase, aumentar os níveis de ácido úrico e de bilirrubina e diminuir as taxas de albumina/globulina no sangue.
A ingestão de alimentos que contém molibdênio é de fundamental importância para a destoxificação de sulfitos, purinas e álcool, principalmente de usuários de bebidas como vinhos e cervejas. Os sulfitos são aditivos utilizados como conservantes na indústria alimentícia e vinícola. Os sulfitos podem apresentar efeitos neurotóxicos e costumam estar associados a sintomas como dores de cabeça, náuseas, vômitos, urticária, dor abdominal, diarreia, hipotensão cerebral, asma e anafilaxia.
As leguminosas como o feijão, lentilhas, ervilhas são as fontes mais ricas de molibdênio. Outras fontes incluem carne bovina e suína, frango, ovos, leite e derivados, grãos-milho, aveia, arroz, nozes, fígado bovino, batata, aspargos, cenoura, laranja, banana, verduras verdes escuras.