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FITOTERAPIA NA DOENÇA DE CROHN

ArtigoFITOTERAPIA NA DOENÇA DE CROHN

A Doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica que acomete pacientes de ambos os sexos e de qualquer idade. As causas não estão bem definidas, mas a dieta, o estresse, o hábito de fumar e o estilo de vida ocidental contribuem para o seu aparecimento e gravidade. Outro dado conhecido é o aumento da incidência da doença no Brasil. Hoje, estima-se que a cada ano surjam 50 novos casos para cada 100.000 habitantes, que se somam aos já existentes. Esta doença pode levar a uma série de sintomas debilitantes, como dor abdominal, diarreia crônica e perda de peso.

O tratamento convencional envolve o uso de medicamentos imunossupressores, imunobiológicos, corticosteroides e anti-inflamatórios, bem como intervenções cirúrgicas. No entanto, a busca por terapias alternativas tem aumentado, e dentre estas, destaca-se o transplante de medula óssea, hoje denominado transplante de Células tronco Hematopoiéticas, foco de nossos estudos e pesquisas.

Frequentemente, somos questionados sobre o uso da fitoterapia no tratamento da doença.

A fitoterapia se baseia no uso de plantas medicinais para tratar diversas enfermidades e tem ganhado destaque como uma abordagem complementar no tratamento da Doença de Crohn. Várias plantas medicinais têm sido investigadas por seus potenciais benefícios no manejo da doença. Entre elas, destaca-se a Cúrcuma longa (cúrcuma), cujos compostos bioativos, principalmente a curcumina, possuem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Estudos pré-clínicos e clínicos sugerem que a curcumina pode ajudar a reduzir a inflamação intestinal, modulando várias vias inflamatórias, incluindo a inibição do fator nuclear kappa B (NF-κB), uma proteína que desempenha um papel crucial na resposta inflamatória.

Outra planta de interesse é a Boswellia serrata, conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias devido aos ácidos boswélicos presentes em sua resina. Pesquisas indicam que esses compostos podem reduzir a atividade da doença e melhorar os sintomas clínicos em pacientes com Doença de Crohn, através da inibição de enzimas envolvidas na produção de leucotrienos, potentes mediadores inflamatórios segundo vários pesquisadores.

Além disso, a Aloe vera também tem sido estudada por suas propriedades anti-inflamatórias e imunomoduladoras. Alguns ensaios clínicos preliminares mostraram que o gel de Aloe vera pode ajudar a reduzir a inflamação e promover a cicatrização da mucosa intestinal, proporcionando alívio sintomático aos pacientes, conforme observado em muitos relatos.

É importante notar que, apesar dos resultados promissores, a fitoterapia no tratamento da Doença de Crohn ainda requer mais estudos clínicos robustos para estabelecer sua eficácia e segurança de forma conclusiva. Além disso, a fitoterapia deve ser sempre considerada como uma abordagem complementar e integrada ao tratamento convencional, sob supervisão médica, para garantir uma gestão abrangente e segura da doença.

Reiterando, a fitoterapia oferece um potencial terapêutico significativo no manejo da Doença de Crohn, contribuindo para a redução da inflamação e melhora dos sintomas. No entanto, a necessidade de pesquisas adicionais e a importância de uma abordagem integrada ao tratamento médico convencional são aspectos fundamentais a serem considerados para a adoção segura e eficaz dessas terapias.

Concluindo, o tratamento curativo e definitivo da Doença de Crohn ainda não existe, o que justifica os estudos relacionados ao comportamento dos pacientes em relação à terapia celular, na qual o transplante de medula se inclui, sem esquecer que a doença é heterogênea. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre a moléstia e somar todas as alternativas disponíveis em benefício de todos os pacientes.

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