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Cobalto

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O cobalto é um mineral (oligoelemento) essencial (porque não pode ser sintetizado pelo corpo), que ocorre em pequenas quantidades no solo, na água, nas plantas e nos animais. O corpo necessita de cobalto em mínimas quantidades para promover o crescimento e a manutenção. O cobalto desempenha algumas das mesmas funções do manganês e zinco.

A absorção do cobalto no intestino (duodeno e jejuno proximal) ocorre de maneira semelhante ao do ferro. O cobalto e o ferro necessitam de alto grau de acidez para serem absorvidos. Acredita-se que o cobalto seja um dos catalisadores para o aproveitamento do ferro na síntese de hemoglobina e dos glóbulos vermelhos saudáveis. O cobalto entra no corpo através dos alimentos, pelo sistema respiratório, pela pele e biomateriais utilizados em próteses de quadril, joelho e tratamentos dentários.

O cobalto desempenha um papel fundamental em diversas funções corporais. O cobalto possui propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anticancerígenas e antidiabéticas. Ele está envolvido no metabolismo dos carboidratos e gorduras, síntese de aminoácidos, proteínas e DNA (crítico para o crescimento e reparo das células), atua na produção do hormônio tireoidiano tiroxina, e é um componente chave da enzima cobalamina, um dos constituintes da molécula da vitamina B12. A cobalamina é um reservatório biológico de cobalto.

Associado com a vitamina B12 o cobalto estimula o funcionamento do sistema nervoso, auxilia no reparo da bainha de mielina (camada protetora que envolve os axônios responsáveis pela condução dos impulsos nervosos). O cobalto pode contribuir para a recuperação da bainha de mielina em pacientes com esclerose múltipla. Ele atua como cofator, ajudando enzimas em suas reações e funções.

A deficiência de vitamina B12 pode causar o aumento da homocisteína, que está associada ao maior risco de anemia macrocítica e perniciosa (falha na produção de glóbulos vermelhos), doenças cardiovasculares (a homocisteína promove lesões nas paredes dos vasos arteriais), doenças neurodegenerativas, neuropatias periféricas. Os sintomas da deficiência de cobalto são: anemia, fadiga, fraqueza, anorexia, neuropatia, inchaço crônico, perda de peso, perda de memória, alterações de humor e psicose.

A exposição excessiva de cobalto pode induzir efeitos adversos à saúde, como: déficits neurológicos (deficiência visual e auditiva), doenças cardiovasculares e endócrinas, vômitos, diarreia, sangramento, hipotensão arterial, perda de cabelo, formação de bócio e hipotireoidismo, hiperglicemia, defeitos ósseos e inibição de algumas enzimas, produção excessiva de glóbulos vermelhos, aumento do risco de formação de coágulos, acidente vascular cerebral.

O cobalto está presente em quantidades de 1 a 2 mg no corpo, e encontra-se no coração, fígado, rins, baço, pâncreas (onde contribui para a formação da insulina), cérebro e sangue.

Os sais solúveis de cobalto podem ser cancerígenos para os seres humanos.

As principais fontes de cobalto são as vísceras de animais como o fígado, rins, carnes, frutos-do-mar, cereais (aveia, trigo-sarraceno), frutas (damasco, ameixas secas, tâmaras, uvas-passas, figos), legumes (nabos), leite e derivados, ovos, vegetais folhosos (alface, repolho, espinafre, brócolis), castanhas, produtos fermentados de soja, cerveja.

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