Quando o destino é reencontrar a si mesma!
Há mulheres que viajam para conhecer o mundo. E há aquelas que viajam para se reconhecer. São jornadas que não se contam em milhas, mas em camadas. Cada destino vira espelho, às vezes para ver melhor, outras para despir o que já não serve.
O livro “100 Viagens Que Toda Mulher Precisa Fazer”, é mais que um roteiro. É um chamado. Um lembrete de que se permitir sair é, muitas vezes, a única forma de voltar inteira.
E se permitir é exatamente isso. Colocar-se como prioridade sem culpa. Deixar que o mundo nos toque sem pressa, sem mapa. E com um certo egoísmo saudável, necessário e feminino.
No extremo norte da Finlândia, entre florestas brancas e céus que brilham, fica o Arctic TreeHouse Hotel, em Rovaniemi. Um refúgio de luxo silencioso, onde dormir sob a aurora boreal vira parte do seu descanso. Ali, o luxo te acolhe. Não exige produção, nem fala alto. É você com você. Um espaço onde o tempo congela só para você respirar.
Em Paris, o reencontro acontece em outro tom. Menos gelo, mais taça. Menos silêncio, mais beleza. No Relais Christine, entre paredes centenárias e jardins escondidos, o café da manhã pode durar horas. E tudo bem. Porque há um tipo de reencontro que só acontece quando você anda sozinha por Saint-Germain-des-Prés, sem destino, apenas por andar. Porque toda mulher deveria, pelo menos uma vez, caminhar em Paris como quem desfila para si.
Já no Chile, o Deserto do Atacama oferece outro tipo de permissão: a de se esvaziar. A vastidão ali tem som. É o som do que está dentro pedindo espaço. No Nayara Alto Atacama, entre trilhas que parecem de outro planeta e noites estreladas, você descobre que o essencial cabe em silêncio. E que a solidão, quando é escolhida, vira companhia.
E se tudo isso for pouco, que venha o Caminho. Em 2026, quero viver cada passo até Santiago de Compostela. Hospedada em hotéis históricos como o Parador de León, onde o passado toca a pele, e o cansaço vira meditação. Uma jornada que não é sobre chegar, mas sim sobre seguir.
Porque, no fim, viajar é isso: um ato de amor-próprio que a gente se dá sem pedir desculpas. E que sorte a nossa podermos e merecermos viver isso.
Claudia Estrella
Especialista em turismo de luxo e experiências personalizadas, é fundadora da agência Por Claudia Estrella. Com 26 anos de carreira, dedica-se a criar roteiros únicos que transformam viagens em memórias marcadas na alma. Seu lema: “Não basta apenas viajar, é preciso ser cidadão do mundo.”
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