Nas últimas semanas, um surto de virose atingiu o litoral paulista, com impactos inclusive em Rio Preto e região, pois muitos moradores daqui acabaram voltando doentes. De acordo com o Instituto Adolfo Lutz, que analisou amostras de fezes coletadas nas cidades de Praia Grande e Guarujá, o vírus que causou o surto de gastroenterite foi o norovírus.
“É um vírus de transmissão muito fácil por meio de água e alimentos contaminados, e ele tem uma propagação muito rápida”, explica Ulysses Strogoff de Matos, infectologista do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, ligado à Universidade de São Paulo (USP). “Situações como essa do litoral nesta época do ano, de aglomeração, de muita gente, facilitam a propagação do norovírus”, afirma.
A infecção causa diarreia e vômitos. A prevenção passa pela lavagem de mãos e higienizar muito bem os alimentos, além de consumir água somente filtrada, fervida ou mineral. Outra orientação importante é não se banhar em locais que estejam sinalizados como impróprios nas praias e rios.
Além de pela água e alimentos contaminados, o micro-organismo pode ser transmitido pelo próprio ambiente. Embora todos estejam sujeitos à contaminação, quando ela acontece é preciso ficar atento principalmente a quem está nos extremos de idade, que inclusive têm mais dificuldade para se hidratar, que são os bebês, crianças pequenas e idosos.

Tratamento

O ideal é buscar atendimento médico quando surgem os primeiros sintomas (náuseas, vômitos, diarreia e febre baixa). Não existe um tratamento específico para as infecções causadas pelo norovírus. Para evitar complicações, é importante se hidratar muito bem com água, sucos e chás e comer alimentos nutritivos, como carnes magras, verduras, frutas, legumes e cereais. Em casos mais graves, de vômito e diarreia persistentes, pode ser necessária uma internação para evitar que o paciente fique severamente desidratado.