CORAÇÃO VERMELHO
As doenças cardiovasculares são as que mais matam em todo o mundo. Segundo o cardiologista e arritmologista, do Incor Rio Preto, 70% dos óbitos são em decorrência dessas doenças crônicas não transmissíveis. Setembro leva a cor vermelha e é o mês dedicado a falar sobre a saúde cardiovascular.
Na última semana, a importância de detectar precocemente estes problemas e cuidar deles ficou ainda mais evidente. Depois de passar mal durante uma partida de futebol, Juan Manuel Izquierdo, jogador do Nacional do Uruguai, morreu aos 27 anos, no Hospital Albert Einstein, após uma parada cardiorrespiratória associada a uma arritmia cardíaca.
Segundo Fernando Bruetto, cardiologista do Hospital de Base, é necessário que todos façam um acompanhamento da saúde cardiovascular. “A periodicidade depende de cada paciente, da presença ou ausência de fatores de risco para doença cardiovascular. Esses fatores são hipertensão, diabetes, tabagismo, colesterol elevado, sedentarismo, obesidade”, enumera o médico.
Em alguns casos, a visita ao médico poderá ser a cada dois anos, em outros, haverá a necessidade de ser mensal, se já houver algum problema diagnosticado e que não esteja bastante controlado.
As doenças cardiovasculares podem não apresentar sintomas no início, por isso o acompanhamento deve começar mesmo que não exista nenhum sinal. “O importante é a prevenção para não ter sequelas”, destaca Fernando Bruetto. Nos casos de ataques cardíacos, por exemplo, 50% das pessoas morrem na hora e os que são tratados podem ter sequelas.
Se o risco de ter um evento do tipo for detectado antes que ele aconteça, é possível evitar. Segundo Augusto Sardilli, o tratamento com medicamentos é eficaz. “Mas precisamos falar também do tratamento não medicamentoso. Focar na melhora do estilo de vida, em atividade física, melhorar o padrão de alimentação, controle de peso, não fumar, controlar o consumo de bebida alcoólica.”
evitar o tabagismo
reduzir o sal na dieta
consumir frutas e vegetais
praticar atividades físicas regulares
não exagerar no consumo de álcool
dor ou desconforto no meio do peito, braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas
dificuldade em respirar ou falta de ar
sensação de enjoo ou vômito
sensação de desmaio ou tontura
suor frio e palidez
fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo
confusão mental
alteração da fala ou compreensão
alteração na visão (em um ou ambos os olhos)
alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar
dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente
Fonte: Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas)