Considerado patrimônio histórico municipal, o túmulo do engenheiro italiano Ugolino Ugolini, localizado no Cemitério da Ressurreição, na Vila Ercília, foi tombado em 23 de abril de 2004, durante a gestão do prefeito Edinho Araújo. O tombamento foi um gesto simbólico para eternizar a relevância de Ugolino na história de São José do Rio Preto.
Segundo o professor e historiador Agostinho Brandi, Ugolino desempenhou um papel fundamental na organização urbana do município ao criar, na década de 1890, seu primeiro mapa oficial, atendendo a uma solicitação do Padre José Bento da Costa, a pedido da Igreja Católica.
“Esse trabalho não se limitou ao traçado urbanístico, abrangendo também o registro detalhado de todos os terrenos. Ele mapeou a área entre os córregos Borá e Piedade, correspondente ao Patrimônio de Nossa Senhora do Carmo, e incluiu a previsão de algumas praças em seu plano. Mas, parte dessas praças não chegou a ser concretizada, pois o desenvolvimento posterior da cidade não seguiu integralmente o mapa que ele idealizou.”
Até então, a cidade, que hoje se destaca como a maior do noroeste paulista, com 172 anos de história e meio milhão de habitantes, era apenas um pequeno vilarejo de cerca de 800 pessoas. Contava com pouco mais de 20 quadras e ruas identificadas por nomes simples, como rua de Cima, rua de Baixo e rua do Comércio. “Com esse levantamento feito por Ugolino, pela primeira vez, as ruas de São José do Rio Preto receberam nomes oficiais”, destaca Brandi.
O historiador ressalta ainda a atuação relevante de Ugolino na maçonaria. “Ele foi um dos fundadores da Loja Maçônica Cosmos em 1899. Seu túmulo, localizado no Cemitério da Ercília, foi construído sendo mantido até hoje pela maçonaria, ostentando símbolos característicos da instituição, como o esquadro e o compasso”, diz.

