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Quando o destino não pede selfie, mas presença

Lifestyleo que não cabe no guiaQuando o destino não pede selfie, mas presença

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Viajar virou, para muita gente, uma corrida. Uma maratona por likes, por selfies no ângulo certo ou por provar que “eu estive aqui também”.

Só que tem quem não queira correr. Tem quem queira viver.

E se existe um lugar que entende isso, é a Irlanda. Uma ilha que não cabe na pressa, nem se dobra pra virar cenário de feed. Porque aqui, quem chega disposto a apenas fotografar, perde. Perde o cheiro do vento, o som do silêncio. Perde o luxo que não se vê, mas se sente.

Dublin, por exemplo, não quer competir com Londres. E ainda bem, pois enquanto Londres impressiona com sua agitação, Dublin encanta de uma forma mais discreta. Aqui não tem fila para ver a troca de guarda, mas tem portas coloridas, calçadas que exibem elementos culturais e artísticos no dia a dia da cidade e cafés onde o tempo passa mais devagar.

E se você se hospedar no The Merrion (Upper Merrion Street, Dublin 2), vai entender rápido o que é essa sofisticação que não precisa se exibir.

Quando a cidade te parecer pequena — porque ela não quer ser grande, ela quer ser sua, os caminhos mágicos começam a se abrir. E olha… não precisa ir muito longe para descobrir que o melhor da Irlanda não está nos holofotes.

Killarney, com seus lagos que refletem montanhas quase irreais, te abraça no The Europe Hotel, onde o luxo não é a ostentação. É o silêncio. É o cheiro da floresta depois da chuva. É o som da água batendo nas pedras.

Seguindo pela Wild Atlantic Way, Dingle te dá a chance de entender o que é ser pequeno diante de falésias absurdas, mas gigante por ter escolhido estar ali, longe das multidões, dos flashes, das filas.

Quer mais? Vai para Galway, onde a vida acontece na esquina, no pub, na música de rua. E se quiser transformar tudo isso em memória sensorial, o endereço é o Glenlo Abbey, onde até um vagão de trem virou restaurante. E não, não é para foto. É para viver.

E quando a alma pedir aquele refúgio que parece mentira, siga para Connemara. No meio das montanhas, cercado por rios, florestas e histórias, o Ballynahinch Castle te espera. Sem filas, sem plateia. Só você, o som da lareira, e o privilégio de não estar onde todo mundo está.

Esse é o convite. Sair do óbvio. Sair da pressa. Sair do turismo que te faz parecer mais um. E entrar numa viagem que não é sobre o que você mostra, mas sobre o que você leva.

A rota é você quem escreve

O mundo não precisa de mais uma foto igual. Precisa de olhares mais atentos, de viagens mais verdadeiras e escolhas menos óbvias. Troque Londres por Dublin (The Merrion). Troque o roteiro pronto por uma rota que te emocione — Killarney, Dingle, Galway, Connemara.

Aqui, o luxo não tem fila. Nem plateia. Só pertencimento.

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