A adolescência é uma fase intensa e para muitos jovens e famílias é uma etapa desafiadora pelas mudanças físicas, hormonais, emocionais e sociais. Em busca de identidade, equilíbrio de sentimentos contraditórios e aprendizados para melhor vivência com as novas responsabilidades, a prática de Jiu-Jitsu é uma importante aliada para fortalecer o corpo e a mente. Para profissionais que trabalham com o esporte, a modalidade é mais do que uma arte marcial, é uma atividade para fortalecer o corpo e trabalhar aspectos essenciais para a vida como disciplina, respeito, foco e autoconfiança.
O professor da Escola Legado Rio Preto, Matheus Jalles Guimarães, destaca que o Jiu-Jitsu é um importante suporte para auxiliar adolescentes, uma vez que abre caminhos para o autoconhecimento e a saúde nessa fase de mudanças e transformações. “Do ponto de vista físico, a prática contribui para o desenvolvimento da força, coordenação motora, flexibilidade e condicionamento cardiovascular”, explica o professor. Já no campo emocional, a prática esportiva, segundo Matheus, ajuda a canalizar as energias da adolescência, “controlar a ansiedade, lidar com frustrações e superar desafios de forma saudável”, destaca.
A modalidade também promove socialização e estimula a convivência em grupo – o que é de extrema importância para adolescentes. “Quando o jovem pratica Jiu-Jitsu, ele aprende muito mais do que técnicas de luta. Aprende a ter disciplina, respeito, resiliência e a lidar com vitórias e derrotas. São lições que ele leva para a vida toda, dentro e fora do tatame”, afirma Matheus. Para além do esporte, segundo o professor, o Jiu-Jitsu pode ser considerado como uma verdadeira ferramenta de formação integral. “Ajudando adolescentes a atravessarem essa fase cheia de mudanças com mais equilíbrio, confiança e saúde”, ressalta.
Crianças
O professor Bruno Pedretti destaca que o Jiu-Jitsu também é uma ferramenta de transformação para as crianças desenvolverem autoconfiança, respeito e controle emocional. “Habilidades que eles levam para a vida toda”, afirma Bruno. Entre os pilares da arte marcial, está a disciplina. “O contato com regras claras e a valorização da hierarquia dentro do tatame ajudam os jovens a compreender a importância da disciplina, do respeito aos professores e aos colegas”, explica o professor.
O esporte também ensina autoconfiança e trabalha autoestima. “Cada conquista, como a evolução de faixa ou o domínio de uma nova técnica, fortalece a autoestima e mostra à criança que o esforço traz resultados concretos”, explica Bruno. O condicionamento físico também é resultado da prática. “O Jiu-Jitsu promove força, resistência, coordenação motora e flexibilidade, ajudando a combater o sedentarismo e incentivando hábitos mais saudáveis”, afirma o professor.
A modalidade também serve para aprendizado quando o assunto é controle emocional. Isso porque, segundo Bruno, em situações de desafio, os praticantes aprendem lidar com a frustração, controlar impulsos e manter a calma, práticas que fora do tatame repercutem em casa, na escola e nos círculos de amizade. O Jiu-Jitsu, de acordo com Bruno, também é instrumento para auxiliar na socialização e amizade. “O ambiente colaborativo estimula o espírito de equipe, o companheirismo e a criação de laços de amizade que vão além da prática esportiva”, conta.
Prática que ajuda ainda no foco e desempenho escolar das crianças. “A concentração exigida nos treinos contribui para a melhora do foco e da disciplina nos estudos, impactando diretamente no rendimento escolar”, conclui Bruno.
