A história da Associação Renascer começou em 1993, quando um grupo de pais de crianças com deficiências neurológicas, em parceria com profissionais das áreas da saúde e da educação, uniu forças para transformar a realidade de muitas famílias em São José do Rio Preto e região. Eles trouxeram para a cidade uma metodologia, na época inovadora, criada pelo The Institutes for the Achievement of Human Potential - IAHP (Institutos para a Realização do Potencial Humano), dos Estados Unidos.
A abordagem, voltada para programas de estimulação motora (mobilidade, linguagem e habilidades manuais) e sensorial (visão, audição e tato), com a participação ativa da família, até então era utilizada no Brasil apenas por uma clínica particular e especializada no Rio de Janeiro.
Pioneira na implementação do método no estado de São Paulo, a Associação Renascer já beneficiou, em mais de três décadas de atuação, centenas de pessoas e seus familiares, a maioria em situação de vulnerabilidade social. A entidade conta atualmente com uma equipe multiprofissional, que atua direta ou indiretamente no desenvolvimento de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual e física, decorrente ou não de lesão cerebral, síndrome de Down e outras condições, conforme critérios previamente avaliados, e também com um grupo de voluntários formado por pais e pessoas da comunidade.
A missão da Associação Renascer é alicerçada na promoção dos direitos humanos, com ênfase nos direitos das pessoas com deficiência, promovendo sua reabilitação e inclusão na sociedade. “Desenvolvemos programas socioeducativos que contribuem para o resgate da dignidade e para o exercício pleno da cidadania, contando com o apoio e a participação dos familiares. Temos o compromisso de criar um ambiente saudável de ensino e aprendizagem, refletindo sobre nossa prática, buscando qualidade na educação e nos esforçando para atender às expectativas e demandas da comunidade escolar”, afirma o fundador e vice-presidente da Associação Renascer, Aparecido Pacheco.
Para enfrentar os desafios do mundo atual, Pacheco ressalta que a escola precisa oferecer uma educação de qualidade e, para isso, é fundamental promover um currículo que tenha as competências como referência para o processo de ensino-aprendizagem e trabalhar os alunos em níveis correspondentes ao ano escolar, com a evolução sendo acompanhada por meio de registros, visando à progressão pedagógica e à aquisição da autonomia.
Entre os planos, o principal objetivo é consolidar a estrutura já construída para o atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). No entanto, por ser uma instituição beneficente de assistência social, sem fins lucrativos, para que isso se concretize, a instituição precisa do apoio de parceiros que abracem seus projetos e ações. “Essa é a maior dificuldade enfrentada pela Associação Renascer”, destaca Pacheco. Órgãos públicos, empresas privadas e a comunidade em geral podem contribuir.

