Você gostaria de saber fazer um suculento Carneiro à Caçadora? É bem mais fácil do que você possa imaginar! Além da receita com o passo a passo, eu faço um vídeo. Ao acessar o QR Code desta página, ele leva você direto ao vídeo. É um adicional para você aprender a receita e não deixar de fazê-la.
Quem não teve dúvida entre o nome do prato ser Carneiro a Caçador ou Carneiro à Caçadora? Mas é no feminino mesmo, porque concorda com a expressão implícita “à Moda Caçadora”. E, como “caçadora” é feminino, leva crase.
Este é um prato que remete à culinária camponesa europeia: faz a gente viajar no tempo. Evoca a época da caça, da cozinha rústica. O sabor forte da carne já era domado pelo vinho e pelas ervas. Como este, existem sabores que são eternos!
Não tem como afirmar a data exata da criação desta iguaria, mas tudo leva a crer ser da Época Medieval (séc. V ao XV), quando os nobres já comiam carnes de caça assadas ou cozidas em caldos com vinho.
Confesso que eu adoraria ter participado daqueles banquetes extravagantes e altamente teatrais. Os camponeses, por sua vez, não tinham acesso às carnes mais nobres e, sim, às carnes mais velhas, mais duras, que exigiam longas cocções, com ervas e cogumelos silvestres.
Carneiro à Caçadora para mim é pra lá de especial. A receita que eu faço é a mesma que meu pai fazia, com uma diferença. Ele temperava e fazia o carneiro com vinho tinto, e eu uso três vinhos: o branco, o rosé e o tinto, em pequenas quantidades. Prefiro esse blend, para suavizar o paladar.
Há relatos de que, na França e em Portugal, fazem este prato com vinho tinto encorpado, de boa acidez, e, na Itália, com vinho branco. Mas acredito que isso não seja uma regra do país, e sim, um modo próprio que se constrói em cada lar, mesa e memória.
Isso me faz pensar em como cada família faz o mesmo prato, mas cada uma a seu modo especial. Experimente fazer esta receita em um domingo, dia internacional da preguiça. Só não esqueça de temperá-lo na véspera.
Caro leitor, se quiser, posso preparar uma receita especial, da sua família, para esta coluna de gastronomia. Entre em contato comigo pela mídia social ou pela Revista Bem-Estar, ou pelo jornal Diário da Região.
Dica: Comece pelo “mise en place” (leia-se mizãn plás). Ou seja, antes de começar a cozinhar, separe todos os ingredientes e deixe-os nas porções e cortes corretos. Uma bancada de trabalho organizada ajuda a não esquecer nenhum ingrediente da receita. É metade do caminho para o sucesso do prato e para o seu também.
Obs: esta receita foi preparada com 1,5kg de carne.
