A busca por qualidade de vida tem feito as pessoas almejarem o que é
essencial no cotidiano e essa ideia reverberou na arquitetura e decoração, o movimento de reavaliação do que realmente importa enfoca funcionalidade, aconchego, conexão e conforto. O downsizing inicialmente restringia-se ao contexto corporativo e industrial como estratégia produtiva e de sobrevivência e tem conquistado espaço na otimização espacial residencial, pois está ligada ao alto custo de vida em boas localizações.
Porém, não se resume apenas em viver em espaços pequenos e com menos coisas, além de ser um estilo de vida também se traduz numa estratégia a qual menos é mais e a qualidade se sobrepõe a quantidade. Com foco na maximização e organização de cada ambiente, o design minimalista se torna fundamental, utilizando móveis funcionais, adaptáveis, com mobilidade e versatilidade, além de objetos que têm propósito, função ou valor afetivo e obras de arte pontuais.

O foco no bem-estar, simplicidade e praticidade desse modelo está no desejo de se livrar do supérfluo, ter apenas o que é efetivamente utilizado sem perder a estética almejada, um desafio da vida contemporânea. Casas menores, eficientes e sustentáveis são desejáveis e constituem o cerne dessa revolução que toma corpo, afinal uma vida plena, sem acumulação e a contramão do consumismo exacerbado, propicia a maximização da experiência do cotidiano, de forma prática e agradável.

As vantagens são inúmeras principalmente por ser uma opção ecologicamente consciente, por utilizar poucos recursos naturais e gerar menos resíduos, assim como a limpeza e manutenção tem menor custo, demanda menos pessoas envolvidas e o tempo utilizado diminui consideravelmente. Uma filosofia de vida que busca equilíbrio em existir em espaços suficientes para ser feliz, ter tempo livre, maior conexão com o lar que é o refúgio primordial, onde se encontra o repouso, o aconchego e onde mora o amor.