Consiste na prática de criar soluções de design e construção para fazer frente às crises sociais, econômicas e ambientais, com foco em criar abrigos, infraestrutura básica e ambientes acolhedores para populações deslocadas ou em situação de vulnerabilidade. Para além da estética, prioriza funcionalidade, segurança, uso de materiais sustentáveis e colaboração multidisciplinar. Busca o desenvolvimento de projetos temporários ou permanentes que proporcionem transformação social e o bem-estar da comunidade.
Com o crescente número de eventos climáticos extremos, guerras, migrações em grande escala que atualmente passa de 100 milhões de pessoas deslocadas no mundo, acolher essas pessoas em situação de extrema vulnerabilidade é um grande desafio. Essa grave crise humanitária e de refugiados precisa ser enfrentada e à medida que os recursos energéticos e os suprimentos de alimentos se tornam mais escassos, assim como abrigos dignos. Paralelamente a busca pela reconstrução do patrimônio cultural e arquitetônico, com marcos históricos que se tornaram alvos, mobilizado por meio de várias iniciativas na esperança de ajudar os deslocados, proteger o patrimônio cultural e traçar um plano de reconstrução.
A comunidade arquitetônica, assim como os poderes instituídos e a sociedade civil precisam se mobilizar e fortalecer um movimento para que suas habilidades e recursos estejam à disposição na solução de crises humanitárias. São exemplos a construção de habitações modulares sustentáveis, mapeamento de paisagens e recursos naturais, estudos de viabilidade, com atenção as especificidades socioeconômicas e culturais do local para propor soluções viáveis e que respeitem o modo de vida das pessoas. O grande desafio é mudar o paradigma tradicional de arquitetura corporativa e fortalecer o trabalho pro bono, com foco no espírito altruísta, que se opõe ao ethos da arquitetura convencional e estabelecer garantias, responsabilidades e ética pelo bem-estar humano.
