Se a resposta for “sim”, saiba que este comportamento está sendo mais comum do que se pensa, porque são muitas as demandas, e dar conta de tudo, em um mundo cheio de incertezas e responsabilidades, não é nada fácil.
Procrastinação é um atraso desnecessário e irracional de uma tarefa ou tomada de decisão, acompanhado de desconforto psicológico e emoções negativas como: arrependimento, culpa e insatisfação. É usada como uma estratégia de enfrentamento diante de tarefas aversivas.
A pessoa que procrastina está geralmente com muitas tarefas a realizar (difíceis ou desagradáveis), sente-se mal consigo mesma por não conseguir realizá-las, mas, ao mesmo tempo, sente um alívio momentâneo (temporário) ao adiá-las, deixá-las para depois…
Postergar uma tarefa ou decisão adotando um comportamento procrastinatório é prejudicial, tem consequências negativas para a qualidade de vida da pessoa, pois refletirá no seu trabalho, nos seus estudos e relacionamentos e na sua forma de ver o mundo.
As causas deste comportamento podem ser: desorganização, falta de autoconfiança, medo de fracassar, perfeccionismo, intolerância à frustração, dúvidas em relação ao que deve executar, excesso de responsabilidades, falta de amor-próprio, crenças limitantes, etc.
A pessoa que procrastina foge do seu foco principal e busca desculpas para não realizar as tarefas necessárias. Fica sem as executar, mas não descansa. Pensa, pensa, mas não as realiza (gerando uma grande ansiedade, sentimento de ser incapaz, angústia e até depressão). Vem, então, a autocobrança, o desapontamento pessoal e a busca incessante de reverter o erro.
Ser procrastinador é diferente de ser preguiçoso.
O preguiçoso não faz nada e sente-se bem assim. Já o procrastinador quer fazer algo, mas não consegue se forçar a começar. Quer cumprir suas obrigações, mas não sabe como…
A procrastinação pode ser autodefesa, tentativa de evitar dores existenciais como: rejeição, humilhação, julgamento, e outras.
Para combater a procrastinação é importante a pessoa refletir sobre os motivos que a levam a deixar essas tarefas para depois (autoconhecimento).
Também deve focar no que precisa ser feito, estabelecer prioridades de tarefas, resolver primeiro as mais fáceis. Importante também é bloquear estímulos que a desviam do seu objetivo principal, descobrir o que a motiva, dividir grandes tarefas, fazer pausas regulares e reconhecer as suas conquistas, os seus acertos.
Crenças negativas sobre si e sobre essas tarefas também estão relacionadas à dificuldade de modificar os comportamentos procrastinatórios.
Quando modificamos crenças irracionais e acentuamos crenças racionais, aprendemos estratégias mais adaptativas para enfrentarmos os eventos estressantes da vida.
Se você encontra dificuldades para fazer isso, busque ajuda profissional!