O vanádio é um mineral oligoelemento essencial encontrado na natureza com ampla gama de efeitos no organismo dos mamíferos. Os seres humanos estão expostos ao vanádio pelo consumo de alimentos, água doce e do mar, exposição a vapores, poeira, atmosfera e combustíveis fósseis. O vanádio é armazenado nos ossos, músculos, no fígado, rins, baço, cérebro, tecido adiposo.

O vanádio é utilizado nas industrias de metalúrgica, eletroquímica, química, refino, cerâmica, fotográfica, vidro, tintas, armas, aeroespacial, automobilística e de energia nuclear. Ligas de vanádio são usadas em dispositivos médicos (próteses de quadril, joelho, coluna, implantes etários/ortodônticos, fixação óssea. O vanádio pode ser liberado de dispositivos biomédicos para os tecidos circundantes, resultando em toxicidade e efeitos adversos.

O vanádio possui efeito antioxidante, antidiabético (o vanádio, o cromo e o magnésio são algumas das deficiências associadas ao diabetes), antitumoral, antiparasitária, antiviral, antibacteriana, antifúngica, antineoplásica, cardioprotetora, neuroprotetora, antiobesidade, antihipercolesterolêmica, antitrombótico, antiaterosclerótico. Ele protege a pele contra envelhecimento precoce, auxilia na cicatrização, anemia, desnutrição, cárie.

O vanádio tem um papel importante no metabolismo dos carboidratos, lipídios, na proliferação e diferenciação celular, na mineralização óssea (material de cons-trução de ossos e dentes), no metabolismo da tireoide e dos eritrócitos, no acúmulo e transporte de cálcio na célula e na síntese de catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina). O vanádio ajuda na melhora a sensibilidade da insu-lina, reduz o nível de glicose no sangue e previne o diabetes.

O vanádio pode proteger o coração de lesões de isquemia-reperfusão, prevenir a hipertensão arterial, a hipertrofia do miocárdio e melhorar o desempenho cardíaco.

O vanádio apresenta potencial farmacológico que pode ser benéfico em casos de: vírus, fungos, bactérias e parasitas, responsáveis por intoxicação alimentar, infecções gastrointestinais, respiratórias, renais e da pele.

Como agente antitumoral o vanádio demonstrou capacidade de reduzir a taxa de crescimento de células cancerígenas, induzir a apoptose e inibir a invasão tumoral.

A deficiência de vanádio apesar de ser rara pode estar associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, insuficiência renal, diabetes, hipertireoidismo, osteoporose, níveis elevados de colesterol LDL, obesidade, hipoglicemia, contribuir para mortalidade infantil, infertilidade, fadiga e falta de vitalidade.

Em exposição excessiva, o vanádio produz toxicidade, responsável por aumentar o estresse oxidativo e a inflamação das células neurais, hepáticas, renais, cardíacas, pulmonares, do aparelho reprodutor, sistema digestivo e do DNA.

Os sintomas de intoxicação do vanádio são: náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e de cabeça, perda de apetite, tosse, tontura, distúrbio de humor, perda de memória, depressão, visão turva, rinite, apatia, tremor de extremidades, falta de ar, perda de peso, língua verde escura. As vitaminas C e E, polifenóis, fitoesteróis e plantas medicinais podem funcionar com antídotos na intoxicação pelo vanádio.

O vanádio está presente em uma variedade de alimentos, com predomínio nos frutos do mar, peixes, pimenta do reino, salsa, erva-doce, trigo sarraceno, aveia, arroz, feijão, lentilha, semente de girassol, azeite de oliva, azeitona, cogumelos, nozes, ovos, rabanete, cenoura, batata, couve, couve-flor, espinafre, uva.