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HIPONATREMIA 

ArtigoHIPONATREMIA 
Comum em idosos, mulheres e pessoas com doenças crônicas, a hiponatremia é uma condição silenciosa que exige atenção: o excesso de água pode ser tão perigoso quanto a desidratação

Sobre o autor

A hiponatremia é uma baixa concentração de sódio no sangue devido o excesso relativo de água em relação ao de sódio. Dentre os distúrbios eletrolíticos, a hiponatremia é o mais frequente, principalmente em mulheres, idosos e pessoas com doenças severas. Isto acontece quando a concentração de sódio no sangue (menor que 135 mEq/L) está anormalmente baixa e quando o nível de sódio é inferior a 120 mEq/L. O sódio ajuda a regular a quantidade de água dentro e ao redor das células. Em alguns casos, não é a carência de sódio que pode causar hiponatremia, mas o excesso de água em relação à quantidade de sódio, que dilui a concentração do mesmo. A hiperidratação pode levar a hiponatremia e quando em excesso pode levar ao edema cerebral e morte.

A hiponatremia pode ser aguda ou crônica. Na aguda, os níveis de sódio no sangue caem rapidamente e os sintomas podem se agravar repentinamente. Na crônica, os sintomas se manifestam lentamente, porque dá tempo para o corpo se adaptar aos baixos níveis de sódio.

Os tipos de hiponatremia incluem: 1. Euvolêmica/dilucional (volume fluido corporal normal) é quando a quantidade de sódio no corpo permanece inalterado, mas a quantidade de água aumenta.

2. Hipervolêmica (alto volume de fluido corporal) ocorre quando a quantidade água e sódio no corpo aumenta, mas a quantidade de água aumenta mais.

3. Hipovolêmica (baixo volume de fluido corporal) - é quando há uma redução tanto de água quanto de sódio, mas a quantidade de sódio diminui mais.

As causas de hiponatremia são: a síndrome da secreção inadequada de hormônio antidiurético, insuficiência cardíaca e renal, infecções do trato urinário, pneumonia, cirrose hepática, exercício prolongado e sob calor, edema cerebral (traumatismo craniano, tumor cerebral, infecções), sede excessiva, hipotireoidismo e insuficiência adrenal, alcoolismo, diarreia, vômitos, uso de diuréticos, uso de medicamentos antidepressivos (sertralina, paroxetina, fluoxetina), uso de antipsicóticos (risperidona, haloperidol, olanzapina), anti-inflamatórios, anticonvulsivantes (carbamazepina, valproato, fenitoína, fenobarbital).

Os sinais e sintomas mais frequentes de hiponatremia podem incluir: náuseas e vômitos, dor de cabeça, confusão mental, perda de energia, fadiga, sonolência, irritabilidade, fraqueza muscular, espasmos, câimbras, comprometimento de equilíbrio, alerta, concentração, delírios, convulsões, coma.

O diagnóstico é efetuado pela história, exame físico, sangue e urina. A prevenção da hiponatremia está relacionada a evitar a ingestão de álcool em excesso; realizar a reposição de água e eletrólitos durante atividades físicas; manter refeições balanceadas, com alimentos coloridos (frutas, verduras, legumes) e ingerir proteínas.

O tratamento da hiponatremia é baseado nos sintomas e nas causas subjacentes. Na fase aguda, a hiponatremia é tratada com restrição de fluidos na euvolemia,

solução salina isotônica na hipovolemia e indução da diurese na hipervolemia.

Eduardo Silva

Neurocirurgião do Centro do Cérebro e Coluna

Professor de Neurocirurgia da Famerp

Autor do livro: Sementes de Autoconsciência

Criador/Facilitador do Simpósio: Cérebro em Alta Performance

@cerebroemaltaperformance

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