Dizem que o vinho da vitória é mais doce para aqueles que amargaram os piores desafios. A própria vida exige que sejamos espartanos. Somos poucos lutando contra muitos. Toda guerra é travada dentro e fora de nós. Mas nem sempre é preciso lutar para vencer. Nunca lute com raiva. Aquietar o coração pode ser a maior vitória de todas. Muitas vezes, somos direcionados para as palavras de Moisés, especificamente o Salmo 90: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos um coração sábio”. Ele viveu 120 anos, uma vida muito longa e produtiva até para padrões modernos.

Uma sociedade sem regras e sem leis não sobrevive, quer concordemos com elas ou não. O agrupamento humano tornar-se-ia um bando, um ajuntamento qualquer. Cícero já dizia que “quanto mais próximo o colapso de um império, mais insanas as suas leis”. Às vezes, depois da tempestade pode vir mais tempestade. Exércitos podem surgir, corações podem fraquejar, mas a luz perdura e é mais poderosa do que qualquer força. Pois na presença dela, toda a escuridão se retrai.

Deus não joga dados. Ele tem um mapa para todos nós. Podemos nos desviar do caminho com facilidade, mas encontrá-lo de novo é mais difícil. Todos nascemos neste mundo com sangue e dor. Nada é mau no começo. Ao longo de nossa caminhada, as pessoas escolhem seus fardos. E devem escolher largar esse fardo para poderem ser livres. No entanto, temos que ter cuidado com a culpa. Ela queima mais do que o fogo e pode se tornar uma doença incurável. E o que é mais interessante sobre a culpa é que não podemos transferi-la.

Aprendemos também que dor é o melhor professor. Mas até que ponto estamos dispostos a continuar aprendendo. A dor emocional bate mais forte e dura muito mais tempo. Quem deixamos para trás e como deixamos? Certas coisas não tem conserto. Algumas coisas que perdemos ficam perdidas para sempre. Por mais que tentemos lutar. Por mais que doa. Ou por mais que o nosso coração deseje consertar. E o vento soprando ao contrário pode ser forte demais. O que se quebrou, quebrado ficará. Só nos resta aceitar e tentar construir algo novo.

A vida é um belo acidente. Alguns de nós conhecemos o amor da vida por acidentes. E há os acidentes que machucam, que mudam o rumo da vida que pensávamos que teríamos. O luto transforma vidas e pode expor as sombras escondidas nas relações humanas.

Por mais alto que subamos, algumas coisas estarão fora do nosso alcance. O poder pode ser tão puro e leve quanto o bem, mas também tão forte e irredutível quanto o mal. Os amadores buscam o Sol e se queimam. Tema comum em Tolkien é que aqueles que buscam o poder são corrompidos por ele. E aqueles que recebem o poder e o usam com moderação elevam-se a grandes alturas. Mesmo o maior entre nós tem o potencial de cair em profundezas terríveis e o mais humilde tem o potencial de subir a alturas majestosas. Assim caiu Saruman e assim se elevou o Condado, o lar dos mais humildes, que o próprio Saruman considerava indigno de sua atenção. Ao tentarmos esconder nosso ego, acabamos por exibi-lo por completo.

Algo inerente às Histórias é que elas nunca acabam realmente. Continuamos contando as histórias de sempre, só que com nomes diferentes. O Universo exige equilíbrio. Para todo Yin, há um Yang.