O boro é um oligoelemento que, embora não seja essencial, pode oferecer benefícios terapêuticos para a saúde. Ele é um componente estrutural das paredes celulares das plantas e é necessário para o crescimento das plantas, floração, polinização e formação das sementes.
O boro pode ter efeitos benéficos na reprodução e desenvolvimento do corpo, no esqueleto e músculos, na melhora do desempenho atlético, metabolismo do cálcio e da insulina, função cerebral, no aporte energético, imunidade e síntese dos esteroides, vitamina D, testosterona e estrogênio. O boro também possui ação antioxidante e anti-inflamatória e pode ajudar no combate ao estresse oxidativo, no alívio de dores nas articulações associadas a artrose e osteoartrite, osteoporose, na prevenção de câncer e no combate as infecções fúngicas.
O boro fixa-se em todos os tecidos, porém, as maiores concentrações encontram se nos ossos, baço, tireoide e acumula-se nas unhas e cabelos. Quando o boro é ingerido, o corpo absorve no trato gastrointestinal de 85 a 90%, onde é transformado em ácido bórico. O ácido bórico é a principal forma de boro no sangue e outros fluidos corporais.
O boro é excretado principalmente pela urina, mas pequenas quantidades são excretadas nas fezes, no suor e na respiração. O boro está envolvido no metabolismo ósseo juntamente com o cálcio, magnésio, fósforo, potássio, vitamina D e o hormônio parotireoidiano.
O boro é importante para o crescimento e formação óssea, por afetar a atividade dos osteoblastos e ou osteoclastos e influenciar os níveis séricos de hormônios esteroides e o metabolismo do cálcio. Acredita-se que ele auxilie na absorção de forma mais eficaz e retenção de minerais importantes como o cálcio, magnésio e fósforo, que desempenham papéis fundamentais na saúde óssea.
Na função cerebral o boro auxilia na melhora da concentração, no foco, no aprendizado e memória.
Um dos usos mais populares do boro é para combater as infecções vaginais por fungos (candidíase), através de cápsulas de ácido bórico na vagina.
Há algumas evidências de que a ingestão de boro ajuda a inibir o crescimento de células tumorais, e inclusive pode ajudar a reduzir o risco de alguns tipos de câncer, como de próstata, mama, pulmão, linfoma e colo de útero.
Os efeitos colaterais do excesso de boro pode provocar sintomas como: náuseas, vômitos, indigestão, dor de cabeça, diarreia, vermelhidão na pele, convulsões, tremores. A deficiência de boro é muito rara, mas quando ocorre pode desencadear atraso do crescimento e nas mulheres sintomas semelhantes aos do climatério e osteoporose. A deficiência de boro aumenta a excreção urinária de magnésio e reduz a testosterona e estrogênio.
O boro pode auxiliar na destoxificação do organismo contra toxinas, pesticidas e metais pesados.
O uso terapêutico de boro pode ser indicado nos casos de osteoporose, artrite, síndrome do climatério, durante a gravidez e amamentação e em situações especiais em lactentes prematuros.
As principais fontes de boro são: frutas, tubérculos, leguminosas, como feijões, lentilhas, ervilhas, ameixas secas, batatas, abacate, pêssego, uva, passas, pera, laranja, banana, maçã, leite e derivados, cacau, café, brócolis, couve, repolho, espinafre, amendoim, sementes de abóbora e girassol, amêndoas, pistache.
