Com a crescente evolução do mundo digital, onde as pessoas estão cada vez mais conectadas, os aplicativos de namoro têm sido grandes aliados para quem busca um relacionamento sério ou encontros casuais. Disponíveis a qualquer momento, essas ferramentas aumentam consideravelmente as chances de conhecer alguém com interesses em comum, alinhando expectativas e possibilidades.
No entanto, encontrar um parceiro num site de relacionamentos, assim como no mundo real, é uma experiência desafiadora que requer alguns cuidados importantes para evitar decepções e manter a segurança. Usar a tecnologia de forma consciente, mantendo-se atento aos limites e conhecendo bem as regras do jogo, é essencial para estabelecer conexões bem-sucedidas.
Entre essas regras, não depender exclusivamente desses aplicativos para interagir socialmente nem deixar a carência falar mais alto são fatores importantes. “A melhor forma de lidar com todas essas nuances é enfrentar nossos medos e carências, para que não seja necessário recorrer a nenhum tipo de fuga ou facilitador de relações. Ao não permitirmos que a carência controle esses comportamentos, teremos condições de analisar as situações e prevenir golpes ou assédios”, afirma o psicólogo e sexólogo da Unipsico, Clovis Ribeiro S. Neto.
Neto pontua que a visão deturpada da realidade que a maioria dos aplicativos de relacionamento apresenta faz com que os usuários desenvolvam uma necessidade constante de obter “likes” ou “matches” para validação pessoal, o que pode resultar em transtornos psicológicos, corporais e sociais. “Isso ocorre porque há a crença de que para obter validação é necessário atingir um ‘padrão’, tanto físico quanto social, que em alguns casos é inatingível, levando o indivíduo a se cobrar excessivamente e experimentar frustração constante. A falta de atenção a esse problema pode resultar em baixa autoestima e, em casos mais graves, depressão”.
O especialista em marketing digital e gerenciamento de redes sociais, Eduardo Thomaello, reforça que a natureza viciante desses aplicativos pode levar ao uso excessivo e comportamento compulsivo, afetando negativamente a produtividade, as relações interpessoais e o bem-estar geral. “O uso contínuo pode criar expectativas irreais sobre relacionamentos e aparência física, resultando em desapontamento, baixa autoestima e insatisfação com a vida amorosa.”

