As vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede particular são imprescindíveis para os primeiros meses e anos de vida. Mas, você sabia que elas também são importantes barreiras para proteger a saúde de adultos e, principalmente, de idosos? A afirmação “as vacinas não servem só para crianças”, da médica da Atenção Integral da Saúde da Unimed Lívia Saes Vasques ilustra o que detalhamos a seguir: a importância dos imunizantes gratuitos e pagos para barrar infecções, amenizar quadros graves de doenças, internações e até mortes, em especial, a partir dos 60 anos, quando o sistema de defesa já não é mais o mesmo.
“As vacinas não servem só para crianças. Na idade adulta e para os idosos, elas continuam sendo fundamentais para proteger o corpo”, afirma Lívia Saes. Segundo a médica, além de evitar infecções, os imunizantes também reduzem os riscos das doenças evoluírem para quadros graves, internações e mortes. “Nos adultos e idosos, vacinas como a da gripe e pneumonia já foram comprovadas que reduzem infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, orientou a médica.
De acordo com Lívia Saes, a ação dos imunizantes pode ir além e reduzir até riscos de demência. “Infecções como gripe, Covid, pneumonia e herpes-zoster causam inflamação generalizada no corpo e no cérebro e estudos mostram que a vacinação regular durante a vida adulta pode reduzir o risco de desenvolver Alzheimer em até 40%”, apontou a médica. Sendo assim, segundo a médica, a vacina não previne só o acometimento de um órgão, mas também proteção do corpo, “aumentando a chance de se tornar longevo”, diz Lívia.
O infectologista Inaldo Júnior afirma que um exemplo da força das vacinas contra doenças, complicações e mortes foi provado na pandemia, quando vários meios de proteções à infecção foram utilizados, mas não foram eficazes como os imunizantes. “Utilizamos máscaras, distanciamento físico, fechamos comércios, escolas, usamos placas de acrílicos, um tanto de ferramenta e a gente só venceu a pandemia com as vacinas porque as vacinas são sem dúvida nenhuma a principal estratégia”, reforça.
Segundo Inaldo, principalmente a partir dos 60 anos, as vacinas são como capacetes usados por motociclistas. “A vacina é o nosso capacete, quando a infecção vem, muitas vezes a vacina não deixa nem que a gente sinta, não é que a infecção não aconteceu, ela acontece, mas o nosso organismo conseguiu combater sem deixar nenhum sintoma”, explica. Segundo o médico, o principal objetivo do imunizante, portanto, é evitar agravamentos e mortes. “É combater as infecções mais graves, mais importantes, assim como é o principal objetivo do capacete”, complementa.


