Em uma rotina que une cuidado, respeito e afeto, o Lar Esperança acolhe idosos em situação de vulnerabilidade e oferece a eles bem-estar, segurança e novas perspectivas de vida. Localizado em Rio Preto, o lar é uma instituição beneficente, sem fins lucrativos, que foi fundada em 1993.

Idealizado pelo empresário Márcio Rocha da Freiria, o projeto nasceu de uma lembrança de infância. Ele costumava jogar xadrez com taxistas mais velhos perto da sua casa, o que despertou nele uma admiração e empatia pelos idosos. Com o tempo, cresceu o desejo de oferecer a eles um espaço digno e acolhedor. Ao lado do irmão, Paulo da Freiria, Márcio deu início ao sonho que hoje é realidade: o Lar Esperança. Ele continua à frente da instituição como presidente.

O Lar Esperança se propõe a mais do que oferecer moradia. O objetivo é proporcionar um ambiente de convivência, socialização e cuidado, onde cada idoso recebe atenção individualizada. A equipe multidisciplinar é formada por assistente social, enfermeiros, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, cuidadores, nutricionista e médico, todos comprometidos em garantir o bem-estar físico e emocional dos idosos.

Atualmente, o Lar atende 40 idosos com mais de 65 anos, todos moradores da zona norte de Rio Preto. Desse total, 20 vivem na instituição em tempo integral, por não terem familiares, e outros 20 participam do programa de convivência diurna. Eles chegam pela manhã e retornam às suas casas no fim do dia, com transporte oferecido pela instituição.

Para manter o funcionamento, o Lar Esperança recebe um repasse mensal da Prefeitura de Rio Preto, mas o valor cobre cerca de um terço das despesas. O restante é custeado com doações e ações beneficentes. Atualmente, há uma fila de espera com aproximadamente 300 idosos. “Muitas famílias precisam trabalhar e não têm com quem deixar os pais, especialmente quando há casos de demência ou limitações físicas”, explica Carla Santos de Jesus Silva, gerente do setor de arrecadação do Lar Esperança.

Carla afirma que o Lar conta com idosos com diferentes perfis e necessidades. “Há quem precise de cuidados contínuos e quem participe ativamente das atividades coletivas. Temos cadeirantes, pessoas com dores crônicas e idosos que precisam de suporte de fisioterapia. A mais velha que acolhemos tinha 102 anos, uma italiana muito querida, que já nos deixou”, lembra.

Atividades

A rotina diária inclui cuidados de saúde, alimentação, com café da manhã, almoço, lanche e jantar, e atividades de lazer. A lista inclui exercícios físicos leves e acompanhamento médico; além de jogos, oficinas e rodas de conversa. “Toda ajuda financeira é bem-vinda por causa dos cuidados, que são muitos”, reforça Carla. “Além das doações, promovemos um brechó todas as terças-feiras, das 9h às 16h, cuja renda é revertida para despesas da instituição.”

Interessados em visitar o Lar, realizar atividades com os idosos ou levar alunos para ações voluntárias devem agendar previamente. “Eles gostam de receber visitas, conversar e sair da rotina”, completa Carla.