O Instituto oferece diversas atividades culturais e esportivas, entre elas oficinas de rap, ritmo e poesia, dança ligada à cultura Hip Hop, reforço escolar e jiu-jitsu. Além disso, promove trabalho com as famílias por meio de assistência social e psicologia, contando com profissionais voluntários que acompanham e orientam os vínculos familiares.

Recentemente, firmou parceria com o Instituto ST, do Grupo ST, que apoia projetos já existentes na cidade de Rio Preto. O Instituto ST assumiu o custeio das equipes multidisciplinares que conduzem as oficinas, com encontros em três tardes da semana, quartas e sextas-feiras, no período da tarde. “Investir em projetos como este é transformar realidades hoje e cultivar oportunidades para amanhã. Convidamos outras empresas a se unirem a nós nesse movimento,” destaca Carlos Eduardo Torrente Martin, diretor do Grupo ST e presidente do Instituto ST.

O Instituto também mantém colaboração com professores voluntários da Unesp, que ministram aulas sobre ecologia, meio ambiente, saúde, paisagismo e cuidados corporais. O Instituto dialoga com o Senac para trazer cursos profissionalizantes à comunidade, principalmente na área de informática, apesar da limitação atual da infraestrutura.

A maioria das famílias que participa do projeto procura o Instituto devido ao reconhecimento do trabalho de Robertinho, que há mais de 20 anos atua no bairro. Crianças são também encaminhadas por órgãos públicos como CRAS e CAPS, por meio de assistentes sociais e psicólogas voluntárias. O Instituto busca manter uma relação próxima com as famílias, promovendo rodas de conversa e incentivando a responsabilidade parental, para que o compromisso com a transformação das crianças seja compartilhado.

A equipe do Instituto é formada por uma diretoria voluntária. A seleção dos profissionais busca, além da qualificação técnica, sensibilidade, afeto e comprometimento com a vida dos atendidos. Robertinho destaca que a aula começa antes do horário marcado, no acolhimento e na forma como o educador recebe as crianças. Além disso, ele ressalta que, para continuar e ampliar esse trabalho, é necessário obter recursos para contratar uma equipe técnica, como assistente social, psicólogo e pedagogo, e, assim, possibilitar a inscrição da instituição no CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) e no CMAS (Conselho Municipal de Assistência Social).

O impacto do projeto é visível em muitas trajetórias. Robertinho conta a história de um jovem que, antes antissocial e retraído, hoje é produtor musical e engenheiro de áudio, realiza shows e conquistou independência. Outro exemplo é um adolescente que superou dificuldades familiares, cursa faculdade, é designer e atua no marketing do grupo musical. Existem ainda crianças que vivem em condições extremas, morando com avós em casas simples cercadas por tráfico, e que hoje são referências positivas para as novas gerações, multiplicando o sentimento de pertencimento e transformação.