Quem nunca amarrou uma fitinha colorida no corpo?
Mais conhecidas como fitinhas do Bonfim, elas são os souvenirs mais procurados em santuários, igrejas, festas populares e pontos turísticos.
Existem várias versões sobre a origem dessas fitinhas de poliéster. Sem aprofundar no assunto, a mais difundida é a de que se tornaram amuletos de fé, simbolizando um pedido, uma graça ou uma proteção. Por isso, as pessoas costumam amarrá-las ao corpo, dando nós que, quando se rompem, indicam que o pedido feito foi ou será alcançado.
Outro significado está ligado ao turismo: ao amarrar a fitinha, a pessoa leva consigo uma lembrança de que esteve naquele local. Retomando o aspecto religioso, muitos devotos a utilizam como ex-voto, oferecendo-a ao santo, deixando-a em um espaço sagrado como sinal de agradecimento. Exemplos comuns são as “salas dos milagres” ou os portões de santuários repletos de fitinhas amarradas.
As fitas coloridas remontam ao período da colonização, quando eram utilizadas em festas populares e religiosas. Nessa época, fitas longas enfeitavam mastros, cetros e andores em procissões. Também eram usadas para adornar instrumentos musicais, como violas e bumbos. Já em meados do século passado, em Salvador, na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, foram distribuídos souvenirs com miniaturas de fitas gravadas com o nome da paróquia durante missas e eventos importantes. Em pouco tempo, a prática se espalhou e virou uma verdadeira febre nacional.
O significado das cores é bastante conhecido:
• Amarelo → riqueza
• Vermelho → paixão
• Verde → esperança
• Azul → proteção
• Branco → paz
A fotografia ilustrativa foi registrada no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Olímpia (SP), onde recentemente foi inaugurado o circuito do caminho da fé denominado “Ramal das Águas”, rota de romeiros que liga a cidade de Olímpia ao Santuário de Aparecida do Norte.
