O manganês é um mineral oligoelemento essencial presente em muitos alimentos. O corpo precisa de pequenas quantidades de manganês para se manter saudável. O manganês é um cofator para muitas enzimas, como a superóxido dismutase de manganês, a transferase, a arginase e a piruvato carboxilase. Estas enzimas contribuem para que o manganês participe da digestão, produção de energia, do metabolismo de aminoácidos, lipídios e carboidratos; no funcionamento do sistema nervoso; atue no combate ao estresse oxidativo, na formação óssea, na reprodução e na resposta imune. O manganês também exerce um papel na coagulação sanguínea, na hemostasia e na cicatrização de feridas em conjunto com a vitamina K. O manganês é absorvido pelo trato gastrointestinal e eliminado pela bile através das fezes. Ele também participa da produção e liberação dos hormônios tireoideanos.
O corpo humano contém cerca de 10 a 20 mg de manganês, distribuídos por todo o organismo, com maior concentração nos ossos (25 a 40%), no fígado, pâncreas, rins, cérebro. O corpo precisa de manganês, que está envolvido na absorção do cálcio, na formação dos proteinoglicanos, além de vitaminas e outros minerais, que auxilia na síntese do tecido conjuntivo, na formação e desenvolvimento dos ossos, dentes e das cartilagens.
O manganês possui importante ação antioxidante que é responsável pelo combate aos radicais livres. A arginase é uma enzima que possui o manganês em sua molécula que é necessária para a desintoxicação da amônia (produzida pelo metabolismo dos aminoácidos pelo fígado).
No cérebro, o manganês desempenha um papel fundamental na melhora da função cerebral, na produção de neurotransmissores e eliminação de amônia, que pode causar desorientação, confusão mental e coma.
O manganês está presente em uma enzima que fornece o aminoácido prolina, que é necessário para a produção de colágeno na pele, o que contribui para manter a elasticidade e cicatrização da pele.
O manganês é bem regulado no corpo e a deficiência ou toxicidade é geralmente causada por desnutrição, ingestão de água com excesso de manganês, problemas renais, gastrointestinais ou condições genéticas raras. A deficiência de manganês é rara, mas quando ocorre pode causar desmineralização óssea e crescimento deficiente em crianças, pressão alta, arritmia cardíaca, declínio cognitivo, erupções cutâneas, despigmentação capilar, alterações de humor, aumento de dor pré-menstrual, infertilidade.
A toxidade do manganês é incomum e em situações ocasionais pode comprometer o sistema nervoso central (dor de cabeça, alteração no humor e na memória, mania, insônia, depressão, delírio, incoordenação motora), tremores similar a doença de Parkinson, zumbidos, perda auditiva, espasmos musculares. Pacientes com anemia ferropriva, doenças hepática e renais, uso prolongado de medicamentos antipsicóticos são mais suscetíveis a toxidade com manganês.
O manganês é encontrado em uma grande variedade de alimentos, como: arroz, aveia, amaranto, centeio, quinoa, ostras, mexilhões, nozes, avelã, amêndoa, tofu, grão-de-bico, feijão, lentilha, abóbora, batata-doce, couve, aspargos, espinafre, abacaxi, mirtilo, café, chá-preto, cacau, semente de abóbora, gergelim, pimenta-do-reino, cúrcuma, canela, cravo, orégano, alho, erva-doce.
