O cobre é um oligoelemento essencial encontrado em maiores concentração no cérebro, ossos, músculos, fígado e rins. O cobre desempenha um papel fundamental nas reações enzimáticas, formação do tecido conjuntivo (colágeno e elastina), no funcionamento do cérebro (colabora com o desenvolvimento do cérebro e na produção de neurotransmissores), na produção de energia, na formação dos glóbulos vermelhos (auxilia no transporte e metabolismo do ferro), no fortalecimento do sistema imunológico. Ele também atua como antioxidante, protege as células contra danos causados por radicais livres e contribui para a pigmentação da pele e cabelo.
A deficiência de cobre no corpo pode provocar manchas pálidas e claras na pele, perda da elasticidade da pele, cansaço, ossos fracos, colesterol alto, incoordenação motora, comprometimento do sistema imunológico (maior risco de infecções).
A toxicidade do cobre é evidenciada quando o metal se acumula além das necessidades fisiológicas, o que prejudica o funcionamento do organismo. O excesso de cobre pode desencadear estresse oxidativo, danos ao DNA, redução da proliferação celular. O cobre é excretado principalmente pela bile e em menor quantidade pela urina, saliva e suor.
A intoxicação pelo cobre pode ser causada pelo consumo de alimentos cozidos em panelas de cobre, pela ingestão de alimentos e água contaminados com cobre, por exposição ocupacional, uso inadequado de medicamentos e cremes com sais de cobre e doença genética como a doença de Wilson ou degeneração hepatolenticular. A doença de Wilson é um distúrbio genético que impede o corpo de eliminar o excesso de cobre (acúmulo excessivo de cobre no fígado, no cérebro, olhos, e outros órgãos).
A intoxicação pelo cobre pode danificar o sistema digestivo, neurológico, imunológico, sanguíneo, reprodutivo, metabólico, o fígado, rins.
Os sintomas agudos mais comuns da intoxicação, são: náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, anemia, insuficiência hepática aguda, insuficiência renal aguda, hipotensão arterial, desorientação. Os efeitos crônicos são caracterizados por tremores, dificuldade de falar e engolir, incoordenação motora, distúrbio de humor, ansiedade, depressão, hepatopatia, aterosclerose, alterações menstruais, infertilidade, infecções e hipertrofia de próstata.
O diagnóstico pela intoxicação é realizado pela história clínica, exame físico, e mensuração dos níveis de cobre no sangue, urina, fezes, pelos.
Os alimentos que contém cobre são: frutos-do-mar, fígado de boi, grãos integrais, nozes, sementes, cacau, abacate, grão-de-bico, tofu, batatas, cogumelos.
As fontes alimentares e suplementação que contribuem para reduzir o cobre no corpo, são: os com zinco, molibdênio, vitaminas A, B6, C e E, os aminoácidos sulfurados metionina, cismeina, taurina, e alimentos como feijões, alho, cebola, brócolis, couve-flor, repolho, nabo, rabanete, aspargos. Como o zinco compete com o cobre pela absorção no organismo, o consumo ou a suplementação de zinco pode reduzir a quantidade de cobre que o corpo absorve.
O tratamento concentra-se na redução da absorção em casos de intoxicação aguda e terapia com agentes quelantes, como: D-penicilamina é o principal agente utilizado, e como segunda opção, o etilenodiamintetracético - EDTA, e o ácido dimercaptopropanossulfônico - DMPS.
